Por Renan Fellipe, executivo de contas da G2.
A partir de 1º abril de 2025, as empresas de telecom obrigatoriamente terão que adotar o novo modelo de Nota Fiscal Fatura de Serviços de Comunicação Eletrônica, o NFCom.
A mudança prevê a substituição das notas modelos 21 e 22, utilizadas, respectivamente, para comunicação e telecomunicação, para a 62, quando houver a realização de serviços como provimento de banda larga e telefonia fixa. E, tendo em vista que o prazo para a alteração irá acontecer em breve, é importante que, o quanto antes, as empresas busquem atualizar e adequar os seus sistemas.
A mudança da NFCom para o modelo 62 irá trazer diversas vantagens, principalmente, para a simplificação e automatização do processo de emissão das notas, que nos modelos anteriores precisavam ser feitas de forma manual. Dessa forma, mais do que facilitar a rotina das organizações, essa alteração também traz à tona necessidade de as empresas abandonarem práticas ineficientes de gestão.
Isso é, de forma geral, o mercado ainda não está totalmente preparado para as mudanças tecnológicas que, cada vez mais, irão acontecer com frequência. A alteração da NFCom é um importante exemplo da transformação digital, que visa unificar e automatizar funções que podem ser executadas com o apoio da tecnologia.
Além disso, o novo modelo prevê a aplicação de um layout mais amigável que irá auxiliar no processo de emissão fiscal, garantindo a maior transparência com o Fisco, algo extremamente benéfico para as organizações, considerando que o sistema tributário brasileiro está entre os mais complexos do mundo.
Contudo, é importante enfatizar que: de nada adianta incorporar mudanças positivas no sistema de emissão de notas, que é uma tarefa por si só complexa, sem que a empresa tenha um software aderente à tais alterações.
Ou seja, já passou mais do que da hora das organizações investirem em ações que vão desde a aplicação de políticas de compliance, até a governança e gestão.
Toda mudança gera desconfortos, e a melhor forma de atravessar esse período de transição é fazendo o uso de uma boa ferramenta, como um ERP. Levando em conta que as empresas têm apenas um ano para se adequarem à nova NFCom, com o apoio de um software robusto, é possível garantir essa integração de forma ágil e eficiente, reduzindo o tempo de duração desse ciclo de transição.
Mais do que isso, fazer o uso de um ERP é fundamental para garantir maior eficiência nas operações, considerando que o sistema tem a capacidade de armazenamento de dados e registros, facilitando consultas e conformidade com o Fisco.
Dessa forma, a organização passa a eliminar dores na execução dos processos, passando a exercer uma gestão 360° de toda a cadeia operacional.
Porém, é importante ter em mente que existem diversas opções no mercado de ferramentas que, apesar de prometerem entregar tais resultados, na verdade, não têm essa capacidade. Sendo assim, no ato da escolha do software, é importante ter cuidado e optar pela opção que melhor se adeque ao perfil da empresa, bem como tenha sua eficácia comprovada.
Nessa jornada, ter um apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem e com ampla experiência no setor de telecomunicações que, assim como outros, possui suas particularidades, é uma importante estratégia.
Afinal, o time de consultores tem a habilidade de guiar nas etapas de escolha e estão constantemente antenados naquilo que é tendência no mundo que pode ser aplicado na empresa.
A mudança da NFCom, entre tantas outras alterações que, certamente, virão pela frente, fazem parte do momento da revolução tecnológica que estamos vivendo, e que não tem mais volta.
Para as empresas sobreviverem nesse mercado, independente de porte ou segmento, é importante ter os sistemas alinhados e adequados, a fim de se preparem para o que vem pela frente.
Cada vez mais estamos comprovando a afirmação que Clive Humby fez, ainda, em 2006, quando disse: “Os dados são o novo petróleo”. Dessa forma, vemos constantemente a adesão de tecnologias como, por exemplo, a IA, que vem revolucionando a forma de executar os princípios de gestão, enfatizando a importância do investimento no backup e armazenamento de informações.
Podemos concluir que o modelo 62 da NFCom coloca na prática esse movimento de automatização e digitalização das operações para as empresas de telecom.
Mas, para aplicar esse conceito, mais do que compreender sua importância, é importante estabelecer uma mudança interna. E o primeiro passo, sem dúvidas, é começar pelo sistema.