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A nova fase do open banking será a revolução na democratização financeira do país?

Foto: divulgação.

Por Ariel Salles, CTO da Avivatec.

Há pouco mais de três anos, o Banco Central do Brasil introduziu o conceito revolucionário de Open Banking no país. O que começou como uma iniciativa para promover a transparência e a concorrência no setor financeiro, entrou recentemente em sua 4ª fase e evoluiu para um movimento capaz de transformar a maneira como os brasileiros acessam e interagem com serviços financeiros.

Muito mais do que uma simples troca de informações entre bancos, o Open Banking é acima de tudo uma ferramenta poderosa capaz de impulsionar a democratização do acesso financeiro, permitindo que os consumidores tenham maior controle sobre seus dados e escolhas financeiras. Segundo dados sobre o mercado, mais de 25 milhões de pessoas já aderiram ao Open Banking no Brasil, com mais de 42 milhões de consentimentos ativos para compartilhamento de informações.

Os dados são impressionantes não apenas pelo número de pessoas que aderiram ao modelo, mas também por refletirem o impacto positivo que essa iniciativa está tendo na vida das pessoas. Para se ter uma ideia, segundo um estudo do Consultative Group to Assist the Poor (CGAP), mais da metade da população brasileira desconhecia o conceito de Open Banking até pouco tempo atrás. Isso ressalta a importância de educar os consumidores sobre os benefícios e os cuidados associados a essa nova era financeira.

O Open Banking não é apenas uma oportunidade para os consumidores acessarem uma gama mais ampla de produtos e serviços financeiros, mas uma ferramenta para reduzir custos e expandir o acesso ao crédito e outros serviços essenciais, especialmente para os segmentos de baixa renda e para as pequenas e médias empresas.

Além disso, o Open Finance tem outras vantagens: o funcionamento é relativamente simples. Os consumidores podem autorizar o compartilhamento de seus dados financeiros com instituições de sua escolha, de forma segura e controlada. Isso é um abre-alas para maiores inovações em produtos e serviços financeiros, com instituições desenvolvendo soluções mais personalizadas e adequadas às necessidades individuais dos consumidores.

Não obstante, esse compartilhamento de informações deve ser assegurado. Vivemos em um mundo digitalizado e um dos principais obstáculos é garantir a segurança dos dados dos consumidores. Essa, ao meu ver, deve ser uma preocupação constante, exigindo que as instituições financeiras implementem medidas robustas de proteção, assim como invistam em tecnologia para criptografia, blockchain e outras inúmeras tecnologias de cibersegurança.

Nesse âmbito, a regulamentação também desempenha um papel crucial no futuro do Open Banking. É essencial que as políticas sejam claras e eficazes para garantir a segurança dos dados dos consumidores e promover a concorrência justa no mercado. Além disso, a educação dos consumidores sobre os benefícios e riscos do Open Banking é fundamental para garantir que tomem decisões conscientes sobre a utilidade do compartilhamento de seus dados financeiros.

A verdade é que, mesmo com desafios, o Open Banking está pavimentando o caminho para um ambiente financeiro mais inclusivo e competitivo. Com o tempo, a expectativa é que os benefícios se tornem ainda mais evidentes, não apenas para os consumidores individuais, mas também para as empresas, especialmente as pequenas e médias, que poderão aproveitar as oportunidades criadas por essa revolução financeira.

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