Search

IA pode ser aliada do seu negócio: 6 fatores para uma implementação segura

Foto: divulgação.

Por Jane Greco, diretora executiva da MPE Soluções.

Até 2032, o mercado de inteligência artificial generativa deve atingir uma receita de US$ 1,3 trilhão, contra US$ 40 bilhões registrados em 2022. A previsão, que resulta de um mapeamento da Bloomberg Intelligence, é mais uma das muitas evidências da relevância da IA, que já figura como uma das principais inovações na indústria 4.0.

A IA, sem dúvida, tem se provado como um excelente recurso para agregar mais personalização, agilidade e eficiência na jornada das pessoas no mundo digital, com poder de detectar ameaças de maneira proativa e em tempo real. Dentro das organizações, ela tem sido uma das ferramentas responsáveis pela otimização de tempo e recursos financeiros, inclusive agregando fluidez às experiências de colaboradores e clientes.

A grande questão é que na mesma proporção em que a IA abre portas para nossos acessos e nossas possibilidades no mundo digital, multiplicam-se as vulnerabilidades e, consequentemente, os desafios para o setor de cibersegurança. Afinal, os criminosos também estão se valendo desse novo momento para criar ameaças mais sofisticadas, personalizadas, automatizadas, inteligentes e certeiras.

É nesse cenário que os líderes de negócio, de TI e SI precisam se unir em prol da maturidade digital da organização. A ideia é não apenas incluir a companhia na Era da transformação digital como, também, adaptar a infraestrutura para elevar a proteção dos dados corporativos e da operação.

Nessa missão de tornar a segurança cibernética da empresa mais eficaz, recomendo atenção especial a 6 fatores:

1. Equipe de TI e SI qualificada

Proteja o ambiente digital da sua organização com um plano robusto de segurança cibernética. Mas garanta que ele seja proposto, implementado e gerido por profissionais qualificados de TI e SI. Caso a demanda de serviço seja grande ou exista a dificuldade de atrair e reter profissionais nas áreas, considere contratar um parceiro especializado.

2. Atrativos e vulnerabilidades do negócio

É sempre mais fácil proteger o que conhecemos. Dessa forma, faça um mapeamento proativo dos ativos, dos atrativos, das proteções e das vulnerabilidades da sua infraestrutura digital. Nesse processo, vale verificar como estão os métodos e os processos de atualizações dos sistemas e dos backups.

3. Conceito Zero Trust

Uma das melhores formas para proteger ambientes digitais corporativos é apoiar as ações no conceito Zero Trust (Confiança Zero), ou seja, ter um fluxo operacional que desconfia de qualquer usuário, solução e dispositivo que queira ter acesso à rede corporativa, partindo do princípio de que tudo é uma ameaça.

4. Automatização de respostas a incidentes

Para evitar ou interromper um ataque de maneira rápida e certeira, é fundamental contar com soluções de segurança cibernética que operem com base em inteligência artificial e machine learning. Com a perda de perímetro e o aumento do volume de dados e das ameaças, fica praticamente impossível garantir a proteção de outra forma.

5. Proteção dos dispositivos IoT

Dispositivos de IoT desenvolvidos às pressas, sem a devida atenção ao fator cibersegurança, têm sido uma das principais portas de entrada dos cibercriminosos a ambientes digitais corporativos e residenciais. A recomendação é: acelere a transformação digital, mas com a devida proteção.

6. Treinamento e conscientização da equipe

Privacidade e proteção de dados já não é mais um assunto exclusivo das equipes de TI e SI. É uma responsabilidade de toda a organização, principalmente considerando as duras diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Por essa razão, invista no treinamento e na conscientização da equipe sobre direitos e deveres de cada um com relação ao tema.

A inteligência artificial e qualquer outra solução que venha a fazer parte da nossa vida pessoal ou profissional, deve ser uma ferramenta para facilitar o nosso dia a dia e não para nos tornar reféns das ações. E isso só se consegue com proteção e conscientização.

Compartilhe

Leia também