Por Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol.
O aumento na procura e adesão à energia solar já se consolidou como um movimento global. O Brasil e principais países do planeta estão reconhecendo os benefícios da energia solar em termos de redução das emissões de carbono, diversificação da matriz energética, eficiência da energia, assim como a captação de empregos e segurança energética. Tal cenário tem impulsionado investimentos maciços no setor de energia solar por parte de governos, empresas e consumidores, o que abre caminho para avanços tecnológicos mais significativos na área e a redução dos custos dos projetos. Dentro deste contexto favorável, as energytechs assumem um papel crucial ao impulsionar a inovação e a adoção da energia solar a níveis cada vez mais significativos. Até porque, o trabalho desempenhado por essas startups vai além do desenvolvimento de novas tecnologias, trazendo também maneiras atualizadas de conectar o público com a energia solar.
Como resultado, podemos perceber o surgimento de soluções que tornam o acesso ao abastecimento fotovoltaico bem mais acessível, confiável e eficiente para todos. Mais do que isso, startups do mercado de energia conseguem trazer ainda maior agilidade e capacidade para se adaptar às mudanças e regulamentações do setor, um fator que as coloca em uma posição privilegiada para moldar o futuro do segmento. Por consequência, é possível aumentar a produtividade na geração de energia solar, reduzir desperdícios e custos operacionais, e garantir que tudo ocorra em conformidade com as normas mais recentes, tornando a energia solar uma alternativa viável e atrativa aos olhos da população.
Evolução na velocidade da luz
Nos últimos anos, o desenvolvimento com foco na energia solar tem sido marcado por avanços significativos em diversas frentes tecnológicas. A evolução das células fotovoltaicas de silício e perovskita, por exemplo, foi responsável por ampliar consideravelmente a eficiência e a viabilidade econômica da energia solar, tornando os projetos mais democráticos e populares. Além disso, sistemas mais eficientes, como os de armazenamento e concentração de energia solar, têm permitido uma integração mais eficaz da produção fotovoltaica na matriz energética.
Apesar de alguns destes ainda serem considerados produtos de vanguarda e de custo elevado, a tendência é de que os avanços constantes das tecnologias, como as melhorias nos materiais e nos processos de fabricação, somados ao trabalho desempenhado pelas empresas de tecnologia da área de energia solar tornem as soluções cada vez mais acessíveis ao público em geral.
Toda essa conjuntura atual oferece às energytechs uma excelente oportunidade de liderar o crescimento do mercado de energia solar no Brasil, considerando que este ainda tem uma relativa baixa adesão. No entanto, é importante ressaltar que esse papel exigirá a superação de grandes desafios, especialmente em relação à conscientização do público, que muitas vezes desconhece os benefícios e a viabilidade da energia solar, além de enfrentar questões logísticas e de distribuição, particularmente em áreas remotas.
A verdade é que as energytechs hoje estão na vanguarda das soluções inovadoras no mercado de energia solar, impulsionando avanços tecnológicos e aumentando a acessibilidade e eficiência da energia solar de forma geral. Com o apoio contínuo de governos e consumidores, essas companhias têm o potencial de liderar o processo de transformação do cenário energético em todo o país, apostando na energia solar para promover uma transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.
