Por Rafael Flexa, Business Director na Sensedia.
Inteligência Artificial, Pix, Drex, tokenização, blockchain, Open Finance, cibersegurança, novas regulamentações e a relação de todos esses conceitos com o avanço do sistema financeiro do Brasil, em consonância com as melhores práticas previstas pela agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança). Esses foram alguns dos principais temas apresentados ao longo da 34ª edição do Febraban Tech, que aconteceu no mês de junho, em São Paulo, e, por mais uma vez, mostrou como os segmentos de Banking e Finanças seguem sempre na vanguarda do mercado quando o assunto é tecnologia e inovação.
Cases de referência mundial, a implantação do Pix e do Open Finance no Brasil, por exemplo, dominaram não só as discussões sobre o papel da tecnologia para melhoria da experiência do consumidor, mas também como impulsionadora de negócios e da própria inclusão financeira da população.
Segundo dados mais recentes do Banco Central, o Pix foi responsável por incluir 71,5 milhões de usuários no sistema financeiro de seu início até dezembro de 2022. E não para por aí, visto que a evolução dos pagamentos instantâneos promete, além novas funcionalidades – como a chegada do Pix automático –, seguir conduzindo o mercado para um caminho de constante modernização.
Nesse sentido, outra palavra imperativa, tanto nas rodas de conversa do Febraban Tech como para o futuro das organizações, foi a hiperpersonalização de produtos e serviços. Tida como um dos principais objetivos a serem percorridos pelas instituições financeiras que desejarem se destacar na busca pela principalidade de seus clientes, oferecer aos clientes soluções sob medida para suas necessidades foi algo citado como sonho de consumo por palestrantes de diferentes painéis realizados ao longo do evento.
Em comum, grande parte deles também mencionou o Open Finance, a chegada do Drex e as constantes mudanças na regulação como um cenário desafiador de constantes atualizações, que exigem rapidez, segurança e tecnologia de ponta para se adequar aos novos processos, sem prejuízos à operação.
Seguindo na trilha de tendências tecnológicas, outros assuntos em destaque durante o evento foram ainda casos de uso de Inteligência Artificial aplicados ao setor bancário, a migração dos sistemas para a nuvem, a representação de um ativo físico por meios digitais através dos processos de blockchain e tokenização e a garantia da segurança das informações.
Outra experiência apresentada durante o evento foi o PFM (sigla em inglês para Gerenciador Financeiro Pessoal), solução que ajuda os consumidores a gerenciarem suas finanças pessoais de forma eficaz, e está intimamente ligada às melhores práticas previstas pela agenda ESG no que tange o auxílio à educação financeira e uso do dinheiro de forma responsável.
Aliás, por falar em ESG, outro ponto alto do evento foi a discussão sobre o impacto da sustentabilidade na evolução do sistema financeiro e o papel das organizações do setor no desenvolvimento de compromissos e metas atreladas a práticas ecológicas, sociais e de governança, tais quais segurança de dados pessoais e melhoria na educação e saúde financeira da população.
Afinal, se tem uma mensagem-chave que esta edição do Febraban Tech nos deixou é que a combinação entre transformação digital e sustentabilidade, certamente, moldará o futuro do sistema financeiro, gerando cada vez mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento, sob o ponto de vista econômico, tecnológico, social e de inovação.