Por Paula Moreira, gerente de qualidade e responsabilidade social da Allianz Partners Brasil.
Segundo a pesquisa ESG Market Navigator, divulgada em novembro de 2023 pela Bloomberg Intelligence, 84% dos executivos entrevistados afirmaram que as estratégias de ESG (abreviação para Meio Ambiente, Social e Governança em português) contribuem positivamente para a reputação de uma empresa.
Não à toa, o aprimoramento das ações em cima da agenda ESG segue no topo da pauta do mundo dos negócios para os próximos anos.
Dentro do mesmo contexto, a responsabilidade social corporativa (RSC) também se destaca como prioridade estratégica. Quando bem aplicada contribui para construir uma imagem positiva da empresa, o que impacta diretamente em sua reputação.
Os consumidores estão cada vez mais conscientes, exigentes e atentos às práticas das organizações das quais consomem produtos ou serviços, portanto, atuar com comprometimento em questões sociais, ambientais e econômicas deixou de ser um diferencial e se tornou um forte pilar estratégico.
Programas de responsabilidade social corporativa bem estruturados também podem contribuir com a atração e retenção de talentos, já que profissionais, especialmente os mais jovens, buscam trabalhar em empresas que alinham seus valores pessoais com as práticas corporativas. Além disso, podem aumentar o engajamento dos colaboradores e diminuir a rotatividade, resultando em um ambiente de trabalho mais satisfatório e produtivo.
São diversas as vantagens e os benefícios que uma agenda de Responsabilidade Social Corporativa pode proporcionar a um negócio do ponto de vista comercial. Porém, esse não pode ser o objetivo principal para a adoção de ações sociais.
Acredito que a verdadeira essência da responsabilidade social corporativa transcende o âmbito comercial. Ela está enraizada no reconhecimento de que as empresas são partes integrantes da sociedade e, como tais, têm poder e responsabilidade de influenciar positivamente o mundo ao seu redor.
Na Allianz Partners Brasil, temos o bom exemplo dos representantes do grupo de voluntariado Célula V.I.D.A., que realiza diversas atividades e eventos para ajudar instituições da região do ABC Paulista, onde a empresa está localizada. Ao longo deste ano, por exemplo, o grupo está organizando mutirões para separar tampinhas para a ONG “Tampinhas que Curam”, que, além de reciclar, reverte o valor da venda desse material para financiar o tratamento médico de crianças com câncer.
No início deste ano, os voluntários também se reuniram e organizaram uma festa para crianças no Orfanato Infantil São Luis, em São Bernardo do Campo. Além de muitas outras ações de rotina, como campanhas do agasalho, por exemplo.
Iniciativas como essas contribuem para a construção de uma base sólida de confiança entre empresa e comunidade, demonstrando que a responsabilidade social corporativa compreende a interdependência entre negócios e sociedade.
Elas reforçam também o sentimento de coletividade entre as diferentes equipes de uma companhia e incentivam a implementação de mais políticas de responsabilidade social, garantindo que tais práticas estejam alinhadas com os valores e objetivos da empresa e por fim fazendo com que todos os colaboradores compreendam sua importância.
Embora a Responsabilidade Social Corporativa possa, sem dúvida, melhorar a reputação e o desempenho financeiro de uma empresa, o seu valor intrínseco reside na sua capacidade de fomentar uma mudança positiva que vai além dos resultados financeiros.
As empresas que adotam essa perspectiva não apenas prosperam, mas também ajudam a criar um mundo mais justo, equitativo e sustentável para todos.
