O Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pelo Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, divulgou uma pesquisa inédita, denominada Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, que traz um panorama da categoria sobre as condições de trabalho e a expectativa de futuro, com comentários e relatos dos docentes. Entre as informações divulgadas está a relação dos professores com as tecnologias e como eles enxergam o uso de ferramentas digitais no processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com o levantamento, mais de 74% dos professores são a favor do uso da Inteligência Artificial (IA) na educação, representando três em cada quatro educadores. Porém, na contramão da predileção, apenas 39,2% dos entrevistados declaram utilizar a tecnologia para o dia a dia educacional. Eles também avaliaram que a tecnologia impacta de forma positiva na educação ao permitir acesso mais rápido à informação. Contudo, relataram maior dispersão dos estudantes.
Os dados da pesquisa expressam a realidade da maioria dos professores, seja nas escolas particulares, seja nas estaduais e municipais, e traz o que eles vivem no cotidiano do ensino e o que desejam para o dia a dia profissional.
“A Inteligência Artificial deve ser uma ferramenta pedagógica, inserida em longo e refletido planejamento, para potencializar as estratégias de ensino e aprendizagem. Nunca, jamais, como forma de substituir o professor, responsável pela formulação do conteúdo pedagógico”, comenta Pedro Siciliano, professor e fundador da Teachy, plataforma de IA que ajuda os professores a economizarem até 80% do tempo na preparação de suas aulas.
Para ele, a IA já se provou como uma ferramenta importante de auxílio no processo criativo:
“Atualmente, não utilizar a IA desta forma implicará em desperdício de horas de trabalho, com possibilidade da manutenção de erros, além de ser potencialmente prejudicial ao processo pedagógico”.
Ele ressalta ainda que o Brasil é repleto de soluções que colocam o professor no centro e potencializam seu trabalho, mas que são pouco utilizadas, se comparado com outros países na América Latina.
No caso, a Teachy tem mais de 400 mil professores em sua plataforma, utilizando para preparar, montar e planificar suas aulas e selecionar materiais, tendo milhares de modelos de planejamentos, slides e exercícios à disposição. Todos os materiais da plataforma seguem as diretrizes da BNCC e são revisados por humanos.
“Sabemos que a vida do professor é muito difícil, pois metade do trabalho deles, cerca de 20 horas por semana, é gasto fora da sala de aula. Mas, a tecnologia tem que servir ao professor, e não o contrário. Também tem que ser acessível, prática e intuitiva. Hoje, a Teachy oferece todos os produtos de forma gratuita, até porque 80% deles são de escola pública. Mas também temos planos premium para quem quer outras funcionalidades de forma ilimitada”, finaliza.