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Influenciadores digitais, Geração Z e a salvação do esporte

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Rodrigo Soriano, CEO e fundador da Airfluencers
Foto: divulgação

Por Rodrigo Soriano, CEO e fundador da Airfluencers.

Os influenciadores digitais são capazes de construir conexões autênticas e engajadoras com a Geração Z. É inquestionável e comprovado que essas figuras podem fomentar o interesse dos jovens por assuntos específicos, que antes poderiam não ser prioridade em uma roda de conversa com este público. Um deles ficou especialmente visível nos últimos dias: o esporte.

A recente transformação do esporte, de desinteressante para algo “cool” para essa geração nascida até o início dos anos 2010, é decorrente da obrigatoriedade que os veículos de comunicação sentiram para se adaptar.

A ascensão dos influenciadores digitais somada ao poder das redes sociais fizeram com que esses perfis se tornassem poderosos para atingir a essa camada da população e torná-la mais interessada em assuntos esportivos. Para alcançar visibilidade em temas como esse, hoje é necessário criar uma conexão mais íntima e autêntica com o público jovem, e é aí que os influenciadores entram em cena.

Realizando entrevistas, cobertura dos jogos e conteúdos interativos, os influenciadores digitais se tornaram uma arma poderosa do marketing, o que gerou uma forte integração dos veículos de comunicação durante os últimos jogos olímpicos. Essa não foi uma alternativa de atrair o público mais jovem para esse tipo de programação, mas sim, a única maneira de chegar ao resultado.

Quem não fez ficou para trás. Em um intervalo de três dias, a CazéTV, veículo de comunicação esportivo ao comando do YouTuber e apresentador Casimiro Miguel, precisou publicar duas postagens diferentes: uma de comemoração para o alcance de 7 milhões de seguidores no Instagram e outra, em seguida, sobre o alcance dos 8 milhões. A página ganhou 1 milhão de fãs em um intervalo de pouco menos de três dias e compartilhou o pão, realizando “mutirões” para que atletas também expandissem o seu alcance.

Beatriz Souza foi a principal. A esportista, medalha de ouro no judô, passou de 14 mil seguidores para mais de 2,5 milhões em menos de 12 horas. O resultado é fruto de uma das iniciativas da CazéTV, que ao inserir influenciadores e uma linguagem mais “descontraída” para realizar a cobertura das olimpíadas, conquistou como público fiel a Geração Z e, em paralelo, chegou a um engajamento estrondoso nas redes sociais, o que respingou nos atletas divulgados pelo canal. A Geração Z quer acompanhar tudo de perto e é exatamente isso que as plataformas digitais proporcionam.

As marcas, por sua vez, também acompanharam a tendência da importância dos influenciadores e da Geração Z para impulsionar iniciativas do esporte. Rayssa Leal, medalhista olímpica na modalidade Skate Street nas Olimpíadas e ícone das redes sociais para o público jovem, chegou à Paris com 13 patrocinadores, dentre eles, a Louis Vuitton, onde foi a primeira brasileira a se estabelecer como embaixadora global da marca.

Com as campanhas bem-sucedidas, realizadas pelos influenciadores durante os jogos, essa estratégia só tende a perdurar. As empresas devem continuar apoiando perfis capazes de influenciar a opinião pública, assim como as mídias convidarão exatamente as mesmas pessoas para compartilhar conteúdos.

Será impossível desvincular o potencial dessas figuras com a realização de jogos e eventos esportivos, e para conseguir atingir esse público no caso de outros assuntos relevantes, e que merecem o devido interesse, basta “surfar na onda”.

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