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Low-code e no-code: qual a melhor opção para sua empresa?

Foto: divulgação

Por Carlos Zaguetto, Founder e CTO da MVP Builders

Nos últimos anos, além de ser um assunto que está em voga, a transformação digital tem sido um dos principais motores de inovação nas empresas. Dentro deste contexto, as plataformas low-code e no-code emergiram como soluções poderosas para acelerar o desenvolvimento de software, permitindo que negócios de todos os tamanhos possam criar aplicativos e soluções digitais com eficiência e agilidade.

Mas afinal, qual dessas abordagens é a mais adequada para cada tipo de empresa? Quais são os benefícios e os ônus que cada tipo de plataforma oferece para um determinado modelo de negócio?

Entendendo as diferenças entre as plataformas

Plataformas No-Code permitem a criação de aplicações de software sem a necessidade de escrever uma única linha de código.

Essas ferramentas utilizam interfaces intuitivas de arrastar e soltar, o que permite que soluções sejam desenvolvidas uma fração do custo e do tempo que o desenvolvimento tradicional requer para lançar produtos de tecnologia. Este modelo é ideal para empresas que precisam de soluções rápidas e eficientes, sem a complexidade de um desenvolvimento tradicional.

Por outro lado, as plataformas Low-Code, tem uma abordagem que combina a simplicidade do no-code com a flexibilidade de um desenvolvimento mais tradicional.

Neste modelo, as plataformas permitem que desenvolvedores escrevam código, mas em menor quantidade, e integrem componentes pré-construídos, acelerando significativamente o processo de desenvolvimento. Essa abordagem é indicada para empresas que necessitam de um grau maior de customização, mas ainda assim buscam otimizar tempo e recursos.

Qual é a melhor opção para sua empresa?

Entendendo as diferenças entre cada tipo de plataforma, os empreendedores conseguem enxergar melhor as possibilidades para seus negócios. Mas é sempre importante lembrar que cada modelo de gestão exige um determinado olhar, principalmente na hora de escolher entre as plataformas low-code ou no-code. Isso ocorre, pois existem diversas vertentes que podem ser alteradas em cada modelo de plataforma.

No-Code normalmente é a escolha ideal para:

Startups e pequenas empresas: Se o seu negócio precisa de uma solução rápida para validar uma ideia ou automatizar processos simples, as plataformas no-code oferecem uma maneira econômica e eficiente de atingir esses objetivos.

Equipes sem desenvolvedores: Para equipes que não possuem programadores, o no-code possibilita a criação de aplicações de forma independente, sem depender de uma equipe de TI.

Protótipos e MVPs: Quando o objetivo é criar um protótipo ou um Produto Mínimo Viável (MVP) para testar no mercado, o no-code permite que as ideias ganhem vida rapidamente.

Micro-Saas: Aplicativos de serviços para pequenos nichos de usuários, ou para departamentos de uma empresa. Por exemplo: A substituição de planilhas de reembolso de custos de funcionários, por um app de reembolso customizado.

Low-Code é mais adequado para:

Empresas de médio a grande porte: Quando o projeto envolve maior complexidade, como a integração com sistemas existentes ou a necessidade de customização avançada, o low-code oferece a flexibilidade necessária sem sacrificar a eficiência.

Desenvolvimento ágil: Em equipes de desenvolvimento que buscam acelerar o time-to-market de novos produtos, o low-code combina o melhor dos dois mundos: a velocidade do no-code e a capacidade de adaptação através de código.

Necessidade de obtenção do Código Fonte: Algumas empresas, por regra de compliance, necessitam guardar os códigos fonte da aplicação, e realizar a gestão do versionamento de forma customizada, utilizando outras ferramentas de mercado como o GitHub

Benefícios e desafios

Enquanto no-code e low-code compartilham a promessa de acelerar e diminuir os custos do desenvolvimento de software, suas diferenças vão além da quantidade de código necessário. A verdadeira distinção reside na profundidade e flexibilidade que cada abordagem oferece. E é aqui que as empresas precisam considerar cuidadosamente suas escolhas.

Outro ponto de debate é a questão da propriedade do código. Nas plataformas no-code, os usuários frequentemente dependem da infraestrutura e das limitações da plataforma escolhida, o que pode restringir a flexibilidade a longo prazo. Com o low-code, há uma maior margem para customização e controle sobre o código, o que pode ser crucial para empresas que exigem soluções altamente específicas e duradouras.

As plataformas no-code são frequentemente aclamadas por sua acessibilidade, permitindo que qualquer pessoa crie aplicativos sem a necessidade de treinamento em programação. No entanto, essa acessibilidade pode gerar uma falsa sensação de independência, levando a soluções que, embora funcionais, podem ser difíceis de ajustar ou escalar sem o suporte da plataforma ou de desenvolvedores experientes.

O low-code, embora exija alguma familiaridade com programação, oferece um meio-termo, onde a dependência de desenvolvedores é reduzida, mas a possibilidade de intervenções técnicas permanece.

A inovação bate a porta

Tanto o no-code, quanto o low-code, têm seus méritos e podem transformar significativamente a maneira como as empresas desenvolvem software. A chave é avaliar as necessidades específicas do seu negócio e escolher a abordagem que oferece o melhor equilíbrio entre velocidade, custo-benefício e personalização.

Essas plataformas podem capacitar empresas de todos os tamanhos a inovar e crescer. A transformação digital não é mais uma opção, mas uma necessidade, e as ferramentas low-code e no-code são aliados poderosos nessa jornada.

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