Por José Pedro Fernandes, vice-presidente da SISQUAL® WFM
Imagine uma loja onde é possível prever o que o cliente deseja, antes mesmo de ele chegar. Não porque o conheçam pessoalmente, mas porque aprenderam a prever, quase com precisão matemática, as exigências do dia, as tendências do momento e até os horários em que os clientes preferem fazer compras. Tudo isto é possível graças à inteligência artificial (IA) que hoje, mais do que nunca, está transformando radicalmente a gestão do retalho.
Nesse sentido, a IA está a proporcionar aos varejistas uma vantagem competitiva que permite às empresas planejar com antecedência para responder a todas as suas necessidades. Um dos maiores desafios neste setor tem sido, e continua sendo, a gestão eficaz da força de trabalho. Com a introdução de ferramentas avançadas de gestão da força de trabalho (WFM), foi dado um salto quântico que permite aos varejistas otimizar as suas operações como nunca antes, o que não só aumenta os resultados de eficiência, como também reduz os custos e melhora a experiência dos funcionários.
Eficiência, redução de custos e bem-estar no local de trabalho
A Inteligência Artificial na gestão da força de trabalho transformou a capacidade de prever as necessidades operacionais com uma precisão sem precedentes, especialmente em setores como o varejo, onde a procura flutua em função da hora do dia, das estações do ano e de eventos especiais.
Essas ferramentas utilizam algoritmos de aprendizagem automática para analisar dados históricos, padrões de compras, tráfego nas lojas e até mesmo o clima, para antecipar as horas de maior procura. Desta forma, as organizações podem ajustar a sua força de trabalho em tempo real, garantindo uma cobertura adequada e evitando o excesso de colaboradores nas horas de menor afluência, o que resulta em reduções significativas dos custos operacionais e uma melhor gestão dos horários. Ao ajustar a força de trabalho, evitam-se problemas como o estresse de funcionários durante as horas de pico ou o desperdício de recursos quando a procura é baixa. A IA permite que os funcionários sejam afetados estrategicamente, garantindo que todos estão no lugar certo e na hora certa.
Em última análise, a automatização de processos também tem impacto na qualidade de vida dos trabalhadores, criando um ambiente de trabalho mais equilibrado, aumentando a motivação e melhorando o bem-estar. A IA não substitui os trabalhadores, mas torna-se uma ferramenta que facilita o trabalho dos colaboradores, eliminando tarefas repetitivas e permitindo-lhes concentrarem-se em atividades mais criativas e estratégicas, o que gera mais satisfação e produtividade.
O caminho para uma gestão retalhista eficiente e competitiva
Embora a Inteligência Artificial traga grandes benefícios, a sua implementação no setor do varejo não está isenta de desafios. Um deles é o investimento inicial, que inclui software e hardware, bem como a formação de equipes. No entanto, este investimento é rapidamente recuperado por meio da redução dos custos operacionais e do aumento da produtividade a curto prazo.
Outro grande desafio é a gestão de dados. A IA depende de grandes volumes de informação para funcionar eficientemente e, por isso, as empresas devem estar preparadas para gerir estes dados de forma segura e eficaz.
O futuro do varejo será, sem dúvida, moldado pela adoção em massa de tecnologias baseadas na IA. As ferramentas de gestão da força de trabalho já estão transformando a forma como as empresas gerem a sua força de trabalho, melhorando a produtividade e a satisfação dos funcionários. Em um ambiente em que a eficiência operacional e a personalização dos serviços são tão importantes, a capacidade de prever a procura, ajustar os recursos e automatizar os processos será essencial para manter a competitividade.
As companhias que aproveitarem o poder da IA e das soluções WFM não só estarão mais bem equipadas para enfrentar os desafios atuais, como também estarão na vanguarda do futuro do varejo, liderando um mercado cada vez mais exigente.