Por Bárbara Araújo, coordenadora de tecnologia da Escola DNC.
Hoje, não são raros os estudos e pesquisas que mostram a tecnologia como um dos setores mais aquecidos do mercado. Até 2025, a expectativa é de que sejam gerados 790 mil empregos na área. Os números chamam tanto a atenção que passaram a ser percebidos até mesmo por profissionais de fora do nicho. Tanto é que hoje existe um claro movimento migratório para ele. De acordo com uma pesquisa da Land, empresa de recrutamento, 78% dos profissionais querem deixar seu campo de atuação e migrar para o tech.
A atratividade do setor não é sem fundamento. As vagas em tecnologia são abundantes, impulsionadas pelo avanço acelerado de soluções digitais e pela crescente demanda por inovação. Além disso, a flexibilidade do trabalho remoto e os salários acima da média em comparação a grande maioria dos outros setores são fatores que despertam ainda mais interesse. Entretanto, tal realidade, muitas vezes idealizada, depende diretamente de um fator crucial: a capacitação técnica.
A formação em tecnologia exige muito mais do que um interesse momentâneo ou a decisão de mudar de carreira. Para quem deseja garantir uma vaga nesse mercado, o primeiro passo é a qualificação em áreas consideradas base de atuação. O desenvolvimento web, por exemplo, oferece um suporte sólido para quem quer atuar no back-office de diversas frentes do setor, enquanto a ciência de dados está cada vez mais valorizada pelo mundo corporativo devido a sua capacidade de transformar informações em vantagem competitiva.
Pensando num futuro a curtíssimo prazo, por exemplo, tecnologias como inteligência artificial, machine learning e blockchain serão fundamentais para orientar as novas atuações dos profissionais da área. Contudo, a especialização nestes nichos só faz sentido quando acompanhada de um conhecimento estratégico mais amplo. É esse conhecimento que permite ao profissional identificar onde e como aplicar suas habilidades, garantindo a relevância de suas competências em um cenário de rápida evolução.
É preciso ir além da teoria
Outro ponto a ser considerado é que a prática é tão importante quanto o conhecimento técnico. Dominar somente os conceitos teóricos não é suficiente para se destacar. A vivência prática, seja em projetos pessoais ou por meio de experiências profissionais, é fundamental para entender as reais necessidades do mercado e mostrar que o profissional é capaz de resolvê-las. Sem a prática, o profissional pode até dominar as ferramentas, mas dificilmente conseguirá aplicá-las de maneira eficaz nos desafios do dia a dia.
Além das habilidades técnicas, as famosas soft skills – como comunicação, resolução de problemas e trabalho em equipe – também são essenciais e altamente valorizadas pelo mercado. A busca por profissionais que saibam lidar com situações complexas, sejam criativos na resolução de problemas e tenham capacidade de adaptação é tão desejada quanto a de um profissional gabaritado tecnicamente. Tais competências são essenciais para quem deseja se destacar em um mercado tão dinâmico.
Este dinamismo, aliás, faz com que o aprendizado constante se torne um requisito inevitável para a área de tecnologia. Até por isso, acaba sendo altamente recomendável a busca por fórmulas de aprendizagem já melhores direcionadas por meio de cursos e mentorias especializados na área e que apresentem foco nestes profissionais em transição de carreira. Tais métodos ajudam o interessado em ingressar no mercado a se capacitar de forma assertiva e otimizada, além de permitir que ele esteja sempre atualizado com as demandas mais recentes do mercado.
A migração para o setor de tecnologia, sem dúvida alguma, é promissora e vive um movimento longe de se encerrar. Contudo, é importante entender que o caminho até o sucesso pode ser desafiador e exige uma preparação contínua e abrangente. O mercado está aquecido, mas apenas os profissionais realmente capacitados conseguirão aproveitar as oportunidades que ele oferece. Até porque, quando falamos de tecnologia, o que hoje é atual, pode ser obsoleto amanhã.