Fundada em 2021 pela brasileira Daniele De Mari, a Neurogram, startup especializada em pesquisa de inteligência artificial aplicada à saúde do cérebro humano, foi criada com o propósito de atender neurologistas, neurofisiologistas e pesquisadores no diagnóstico de doenças neurológicas.
Com essa finalidade, Daniele uniu o conhecimento acadêmico — adquirido no Georgia Institute of Technology (EUA), onde trabalhou com Interfaces Cérebro-Computador (BCI) — com a paixão por inovação, para desenvolver uma plataforma com algoritmo único, que não só permite a análise de exames de EEG (eletroencefalograma) em diversos formatos, mas também fornece aos médicos ferramentas avançadas para auxiliar no diagnóstico de condições neurológicas.
“Nossa solução permite que os médicos interpretem dados complexos extraídos de exames, proporcionando informações detalhadas e baseadas em dados sobre os pacientes. Isso resulta em maior segurança e precisão na tomada de decisões clínicas”.
A executiva destaca ainda que a integração de inteligência artificial à plataforma da Neurogram posiciona a healthtech na dianteira do monitoramento cerebral, principalmente, por oferecer insights valiosos para a prática clínica e pesquisas na saúde do cérebro.
“Na Neurogram estamos comprometidos em transformar a maneira como as doenças neurológicas são diagnosticadas e tratadas. Nossa equipe está desenvolvendo algoritmos avançados que auxiliam no diagnóstico e monitoramento de diversas condições neurológicas, incluindo epilepsia, Alzheimer e apneia do sono, por exemplo”.
Na visão do neurologista Heitor Éttori, cofundador e Medical Board da startup, a empresa se consolida cada vez mais como solução essencial para a comunidade médica e acadêmica, destacando-se pela aplicação prática em clínicas até grandes redes hospitalares.
“Estamos criando um grande banco de dados neurológicos para identificar padrões, muito em breve, nosso sistema irá monitorar a atividade cerebral dos pacientes e emitir alertas de risco em tempo real para as equipes médicas e de enfermagem. Isso permitirá uma resposta rápida às alterações na condição neurológica dos pacientes, além de coletar dados abrangentes sobre padrões cerebrais em situações críticas de saúde. Esses dados são fundamentais para analisar reações a tratamentos, impactos de terapias e eventos traumáticos”.
Para a Elaine Keiko Fujisao, Chief Medical Officer da healthtech, ela se destaca como a primeira a disponibilizar acesso aos exames de EEG na nuvem, permitindo que médicos laudem de qualquer lugar. Além disso, é a primeira empresa capaz de ler exames de grande parte dos equipamentos do mercado.
“Com o compartilhamento anonimizado, a plataforma possibilita a análise e segundas opiniões médicas, tudo isso, alinhadas com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Somos a única plataforma a integrar a anamnese com o exame, proporcionando uma visão holística do paciente para um laudo mais profundo”.
A Neurogram conta com uma equipe técnica altamente qualificada com um vasto repertório acadêmico com times no Brasil e Estados Unidos. De acordo com Cristhian Cagliari Carniel, Chief Marketing Officer, a meta da startup é estabelecer parcerias com universidades e instituições de ensino para trazer especialistas para conduzir pesquisas internas e financiadas pela própria empresa.
“A missão da Neurogram é ser uma empresa de pesquisa e inteligência artificial aplicada ao cérebro humano. Estamos pensando em saúde e na comunidade médica, mas acima de tudo, em pesquisa e inteligência artificial”.
A Neurogram já conta com clientes e parceiros de destaque, como a Sinapse, a maior clínica de monitoramento de UTI do Brasil, e o Instituto do Sono, o maior hospital do sono do mundo.
“Essas parcerias não apenas reforçam a confiança na eficácia de suas soluções da Neurogram, mas também destacam o compromisso da nossa empresa com a melhoria contínua da saúde dos pacientes. O impacto positivo na vida de inúmeras pessoas é um testemunho do potencial transformador da inovação tecnológica na área da saúde”.
Para a CEO da healthtech, há um desafio significativo para as equipes médicas em fecharem os diagnósticos de doenças neurológicas e psiquiátricas.
“Muitas vezes o resultado vem depois de anos ou de muitos erros e tentativas malsucedidas do tratamento que é caro, e hoje, envolve uma equipe multidisciplinar. O que eu busquei com a Neurogram é usar do que temos de melhor com a alta tecnologia e inteligência artificial para decifrar a assinatura eletrofisiológica e com isso melhorar a vida das pessoas, trazendo com mais rapidez e assertividade em um diagnóstico. Nosso foco é simplificar a neurologia e auxiliar o neurologista em diagnósticos mais precisos”.
Desde que começou suas operações, a Neurogram tem atraído a atenção de investidores renomados como Starship Ventures, Caffeinated Capital, Z. Fellows Fund, Dorm Room Fund, Fusen Fund e Hustle Fund, que aportaram cerca de R$ 8 milhões na companhia em um Pré-Seed.
A healthtech é residente do Google For Startups e está desenvolvendo parcerias com instituições de ensino e pesquisa americanas de prestígio que proporcionam à Neurogram a oportunidade de receber mentoria de especialistas da indústria.
”A nossa rede de contatos tem sido fundamental para o desenvolvimento de novos produtos, colaborações estratégicas e expansão para mercados da América Latina e EUA, país na qual mantemos nosso headquarter”, finaliza Daniele.