Por Neide Leite Galante, head de Recursos Humanos, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas no ButtiniMoraes.
A cultura (alma da empresa) é um tema bastante explorado no meio corporativo, de acordo com Edgar Schein, considerado autoridade em psicologia organizacional e um dos maiores responsáveis pela divulgação do conceito no início dos anos 80. De forma tradicional, a cultura nascia com a empresa de maneira natural e não pensada, era moldada a partir do comportamento de seus fundadores e empregados. Pela sua comprovada importância, essa forma de desenvolvimento da cultura foi passando por mudanças significativas ao longo dos anos, atualmente, é cada vez mais comum que as companhias já nasçam com valores pré-definidos, os quais guiarão o “seu jeito de ser” e de se posicionar diante de seu público interno e externo.
De forma sucinta, a Cultura é a essência de uma empresa, constituída por um conjunto de princípios, crenças, comportamentos e atitudes que moldam a forma como os membros da organização interagem. É praticamente um guia sobre como devem ser as ações de seus integrantes, trazendo impactos significativos sobre a marca e reputação da empresa.
Outro pilar essencial é a marca (personalidade do negócio) é muito mais que apenas um nome ou logotipo. É a identidade visual que traz a percepção que o público tem de uma companhia, dos seus profissionais, produtos e/ou serviços. É a promessa que faz aos clientes e a experiência que estes vivenciam ao interagir com a marca. É um ativo valioso e um patrimônio intangível, que se estiver bem alinhado com a cultura pode gerar muito valor e construir uma reputação positiva e duradoura para a empresa. Por este motivo, é estratégica e deve ser cuidadosamente construída e mantida de forma coerente com a cultura, valores e crenças da organização. Uma marca consistente, além de gerar valor, atrai e fideliza talentos e clientes, tonando-se indispensável para o sucesso dos negócios.
O terceiro pilar é a reputação (confiança conquistada), que reflete a percepção que o público tem sobre uma empresa. É a imagem que a organização projeta e a confiança que inspira em seus stakeholders, como clientes, colaboradores, parceiros, investidores e a comunidade em geral. É formada pelas interações de cada indivíduo com a companhia, desde a compra de um produto ou contratação de um serviço até a experiência com seus profissionais. Assim como uma marca, a reputação é outro ativo intangível, que gera resultados positivos e valiosos a longo prazo. Empresas com boa reputação tendem a se destacar no mercado, atraindo mais clientes e talentos.
Portanto, a tríade perfeita consiste no alinhamento consistente de cultura, marca e reputação, ou seja, de sua ligação intrínseca. Afinal, a cultura molda a marca, e a marca influencia a reputação. Uma cultura forte e positiva impacta diretamente a marca e a reputação da companhia. Uma marca consistente, por sua vez, reforça a cultura e contribui para a construção de uma reputação sólida.
Em outras palavras:
- A cultura é a base sobre a qual a marca e a reputação são construídas.
- A marca é a expressão externa da cultura e a promessa feita aos clientes.
- A reputação é o resultado da percepção do público sobre a marca e a cultura da empresa.
A cultura forte aumenta o engajamento e profissionais mais engajados são mais produtivos e criativos; melhora o clima organizacional e um ambiente de trabalho seguro e positivo impacta diretamente a satisfação dos profissionais. Como consequência atrai e retém talentos, reduzindo a rotatividade, e fortalece a marca, o que se reflete na marca e na reputação da empresa.
Uma marca Consistente, por sua vez, é um diferencial, que torna a empresa única e memorável, cria um vínculo emocional com as pessoas, aumenta o valor percebido, elevando a percepção de valor dos produtos e serviços, e fideliza os clientes. Ao passo que uma reputação sólida atrai os consumidores, gera lealdade por garantir um relacionamento de longo prazo e ajuda a fortalecer a empresa em momentos de crises.
Essa tríade é fundamental para que a empresa se mantenha com sucesso competitiva no mercado atual. A ausência desses elementos pode gerar uma série de prejuízo, desde dificuldades em atrair e reter talentos, gerar novos negócios até perdas financeiras. Ou seja, é a força motriz que impulsiona a inovação, permitindo que as empresas se adaptem às mudanças e se diferenciem da concorrência. É a tríade perfeita para o sucesso!