Por Vini Luiz, diretor de inovação da Orbital.
O conceito de Phygital no varejo físico está ganhando terreno de forma acelerada, e não é difícil entender o porquê. Combinar o melhor do mundo físico com o digital não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para quem deseja oferecer uma experiência diferenciada aos consumidores. Em um cenário onde os gigantes do e-commerce, especialmente os chineses, dominam o mercado, a aplicação de neurociência e dados inteligentes emerge como um verdadeiro diferencial competitivo.
Essas ferramentas não são apenas úteis; são essenciais para quem quer entender seu cliente com profundidade e trazer resultados mais expressivos para seu caixa. No e-commerce, os dados fluem naturalmente, capturados no exato momento das pesquisas por produtos e da compra. Já no varejo físico, essa realidade é bem diferente.
Muitos lojistas ainda se apoiam em métodos tradicionais, como histórico de vendas ou tendências de mercado, mas esses recursos nem sempre revelam o que os consumidores realmente desejam ou o que encaixa melhor com o público que frequenta seu comércio. É aqui que o phygital se destaca, revolucionando a forma como o varejo físico pode competir em um mercado cada vez mais digitalizado.
Pensando nessa necessidade urgente do varejo físico, softwares mais sofisticados foram desenvolvidos, não apenas mapeando emoções, mas também lendo o perfil dos consumidores ao capturar dados sobre suas características físicas e suas reações ao olhar vitrines. Com essas informações, os lojistas têm em mãos um mapa detalhado do comportamento do cliente, permitindo ajustes finos nas estratégias de venda, desde a organização do estoque até a criação de campanhas publicitárias e a definição de preços.
Imagine conseguir identificar que pela manhã, em frente a sua loja física, a maioria dos passantes sejam crianças com adultos, na hora do almoço seja de pessoas usando roupa social e a noite dois adultos de mãos dadas. Com base nessas características é possível alterar a disposição de produtos nas vitrines de acordo com o público do período. Se a loja utilizar de telas digitais nas vitrines, fica ainda mais fácil direcionar a comunicação para chamar a atenção do público em seus diferentes momentos.
E isso é algo muito comum em lojas físicas, sejam de rua ou de shopping. A diferenciação de público físico existe da mesma forma que o digital, mas ao invés de comportamento de navegação, as características físicas, clima e período do dia fazem com que possamos encontrar padrões de públicos na localização geográfica da loja.
Atrelando estes dados a estratégia correta, é possível aproveitar ao máximo a grande vantagem do varejo físico sobre o digital: a capacidade de o cliente experimentar e adquirir o produto no ato. Isso, aliado a uma estratégia guiada por dados precisos e enriquecida pela neurociência, pode transformar completamente a experiência de compra. Ao aplicar essas inovações, o phygital não só torna o varejo físico mais competitivo, mas o reposiciona como um espaço onde o consumidor não apenas compra, mas vive uma experiência única e personalizada.
Saiba mais sobre Vini Luiz: Co-fundador da Orbital, uma empresa apaixonada por transformar ideias em realidade por meio da transformação digital. Com vasta experiência em liderança e estratégias digitais, Vinicius é formado em Publicidade, pós-graduado em Antropologia e possui MBA em Negócios Internacionais. Além de atuar como executivo de inovação no Brasil e no Oriente Médio, Vini também é um especialista em ajudar empresas a navegar com sucesso pelo cenário em constante evolução da tecnologia. Ele também é entusiasta da colaboração e da digitalização de negócios, acreditando no poder da tecnologia para impulsionar mudanças positivas.