Por Gabrielle Hayashi Santos, consultora em educação e internacionalização de carreiras.
O mercado de trabalho atual exige que os profissionais possuam competências que vão além de uma formação acadêmica sólida e, diante disso, empresas buscam candidatos capazes de se adaptar a diversas situações, com habilidades criativas, inteligência emocional e experiências de vida diversificadas.
Essa mudança de foco reflete as transformações nas relações de trabalho nos últimos anos, onde o currículo tradicional não é mais o único fator determinante para uma contratação. Segundo uma pesquisa realizada pela QS Quacquarelli Symonds, 60% dos empregadores consideram a experiência internacional um fator essencial na contratação, além de acreditarem que esses profissionais têm mais chances de serem promovidos.
Nesse contexto, as experiências internacionais se tornam uma vantagem importante, especialmente considerando que estudar fora oferece aos jovens a oportunidade de se formar em algumas das melhores universidades do mundo, além de vivenciar uma experiência cultural rica que complementa sua formação acadêmica.
De acordo com o ranking 2024 da Times Higher Education, 57 das 100 melhores universidades estão nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido, enquanto a melhor universidade brasileira, a Universidade de São Paulo (USP), ocupa a posição entre 251ª e 300ª. Esse dado reforça a importância de buscar uma educação além das fronteiras do Brasil, especialmente em um mundo globalizado.
Fazer faculdade no exterior vai muito além do desenvolvimento acadêmico. As competências socioemocionais, como empatia, resiliência e capacidade de adaptação, são cada vez mais valorizadas pelas empresas e podem ser melhor desenvolvidas fora do país.
Esses aspectos se tornam cada vez mais relevantes à medida que a tecnologia avança e as máquinas assumem funções mais técnicas. Habilidades humanas, como a capacidade de trabalhar em equipe e tomar decisões em contextos desafiadores, são as que realmente fazem a diferença no mercado.
Outro ponto importante é a valorização da experiência internacional pelas empresas. No Brasil, diversas grandes corporações, como Itaú, Ambev e Stone, oferecem programas exclusivos de recrutamento para quem estudou no exterior, reconhecendo a bagagem adquirida durante esse período.
Além disso, a experiência internacional não só enriquece o currículo, mas também prepara o profissional para lidar com desafios em um contexto global, algo altamente demandado pelas multinacionais.
A crescente busca por graduação no exterior também é reflexo do interesse dos brasileiros em explorar novas oportunidades educacionais. De acordo com a BMI, 60% dos estudantes brasileiros almejam estudar fora, com os Estados Unidos sendo o destino preferido. Com um aumento de 41% nas inscrições no Common App, o sistema de admissão de universidades dos EUA, o Brasil se destaca como um dos países com maior crescimento na procura por educação internacional.
Como Felipe Fonseca finaliza: “Em um mundo globalizado, é essencial que os jovens se preparem para serem competentes em diferentes situações, algo que a experiência no exterior proporciona de forma única.”
Investir em uma formação internacional é, portanto, mais do que uma simples escolha acadêmica. É um passo estratégico que abre portas para um futuro profissional mais promissor, ajudando a moldar não apenas o conhecimento técnico, mas também as habilidades essenciais para prosperar em um mercado de trabalho dinâmico e globalizado.