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2025: 5 tendências para ficar no radar dos investidores

Todo início de ano gera grandes expectativas e, no caso de 2025, isso é ainda mais normal, tendo em vista que, ao que tudo indica, estamos diante de um novo ciclo econômico, com grandes transformações nas principais economias ao redor do mundo. Tanta transformação indica para os investidores a necessidade de atenção redobrada para oportunidades emergentes. 

Em um cenário de volatilidade global, mudanças regulatórias e avanço tecnológico, identificar as áreas mais promissoras para alocar capital pode fazer toda a diferença no desempenho de um portfólio.

A seguir, compartilho cinco tendências que, na minha visão, devem estar no radar de quem busca rentabilidade com segurança estratégica:

1. Tecnologia aplicada ao setor financeiro mudando o padrão do mercado

A digitalização dos serviços financeiros segue em ritmo acelerado, e a adoção de tecnologias como blockchain está redefinindo processos, desde pagamentos até a tokenização de ativos. O olhar do investidor para esse tema deve ir bem além do impacto que as inovações trazem para a usabilidade das plataformas de investimento, mas principalmente para as oportunidades de acesso a ativos que antes ficavam restritos a poucos grupos.

2. Expansão dos ativos alternativos com a entrada de novos players

Como parte dessa evolução do mercado, vemos um crescimento de oportunidades de ativos alternativos. Eles ganham novo impulso com o aumento da transparência, digitalização dos processos e a chegada de novos players. Com esse passo, cabe ao investidor um processo de análise criteriosa desse perfil de investimento, para entender quais são os mais seguros e rentáveis e o quanto quem está oferecendo a oportunidade de investimento de fato entende da classe que ofertada. Um exemplo da importância dessa avaliação foram os prejuízos causados pela inadimplência em muitos Certificados de Recebimento Agrícola (CRAs) ao longo de 2024, uma situação que reforça os benefícios de ter parte do patrimônio investido em ativos descorrelacionados entre si. 

3. Ativos judiciais como alternativa para pequenos e grandes investidores

Esse é um segmento que conheço a fundo e vejo o quanto tem se tornado cada vez mais consolidado. Os ativos judiciais vêm ganhando espaço como uma alternativa de diversificação em portfólios sofisticados, além de estarem também se beneficiando da democratização proporcionada pela tecnologia. Esse é um mercado ainda pouco explorado, mas com enorme potencial de retorno devido à previsibilidade de fluxo e aos altos valores envolvidos. Com a evolução da governança e a profissionalização do setor, essa classe de ativos deve ganhar ainda mais tração em 2025.

4. O impacto da regulação na gestão de investimentos alternativos

A crescente atenção dos órgãos reguladores às possibilidades trazidas para o mercado deve ser acompanhada de perto pelos investidores em 2025. A CVM tem sido ativa no acompanhamento das inovações, o que traz uma camada adicional de segurança para a forma como os ativos são negociados e estruturados. A regulamentação, quando bem aplicada, tem um papel valioso em aumentar a confiança no mercado, atrair mais capital e solidificar ativos inovadores como uma classe reconhecida no portfólio de investidores.

5. Governança e compliance como diferenciais competitivos

Em um ambiente de negócios cada vez mais exigente, empresas que adotam práticas robustas de governança e compliance estarão um passo à frente. Não por acaso me dedico com profundidade a esse tema em meu dia a dia. Para investidores, escolher ativos e empresas que priorizam transparência, boas práticas de gestão e segurança jurídica será essencial para mitigar riscos e garantir retornos consistentes no longo prazo. No caso dos ativos judiciais, essa evolução já está em curso, com a implementação de processos mais rigorosos e padronizados para dar mais segurança às partes envolvidas.

O equilíbrio entre inovação e segurança

Investir em 2025 exigirá mais do que simplesmente acompanhar tendências. Será necessário um olhar criterioso sobre riscos regulatórios, sustentabilidade e a solidez das empresas e ativos escolhidos. Mais do que tentar surfar em tendências específicas, é preciso analisar o grau de governança e de seriedade dos envolvidos nesse mercado e o quanto é sólido o caminho que vem sendo trilhado por eles.

Para investidores, a chave será equilibrar inovação e segurança, aproveitando oportunidades sem perder de vista a solidez e a visão de longo prazo. Afinal, em um mundo em constante transformação, o verdadeiro diferencial estará na capacidade de adaptação e na construção de estratégias baseadas em dados e conhecimento de mercado.

E você, já começou a reavaliar seu portfólio para 2025?

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Vice-presidente do conselho deliberativo da Droom Investimentos.

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