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O futuro do branding: como a tecnologia e a autenticidade moldam as marcas em 2025

Foto: divulgação.

As marcas que pretendem se destacar em 2025 precisarão equilibrar dois pilares fundamentais: tecnologia e autenticidade. De um lado, a Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada personalizam a experiência do consumidor. Do outro, a transparência e o compromisso com valores reais se tornam imprescindíveis para construir conexões duradouras. O desafio é claro: como aliar inovação e humanização sem perder relevância?

O consumidor não aceita mais campanhas genéricas. A personalização com IA está transformando o branding, criando experiências únicas para cada indivíduo. Exemplos incluem a campanha “Only You” do Spotify, que personalizou listas de reprodução, e a Nike, que permitiu aos clientes criarem seus próprios tênis com IA. A marca agora se adapta ao cliente, não o contrário.

SEO e busca por voz: a corrida por visibilidade

A forma como buscamos informação na internet está mudando. Com o aumento do uso de assistentes de voz, otimizar conteúdos para buscas conversacionais será essencial. Marcas que se adaptarem a essa nova realidade terão vantagem competitiva.

Isso significa pensar em perguntas completas, mais naturais, em vez de palavras-chave isoladas. “Onde encontrar um restaurante sustentável perto de mim?” substitui pesquisas fragmentadas como “restaurante + sustentável + localização”. Empresas que entenderem esse comportamento garantirão melhores posições nas pesquisas e maior acessibilidade.

O marketing ético como exigência, não mais opção

A transparência deixou de ser um diferencial e se tornou um critério de sobrevivência. Os consumidores esperam que marcas não apenas promovam valores, mas os incorporem em suas ações. A Patagonia é um exemplo claro: ao lançar a campanha “Buy Less, Demand More”, incentivou um consumo mais consciente e reforçou seu compromisso ambiental.

Ben & Jerry’s segue essa linha ao priorizar ingredientes de origem ética e deixar claro o impacto de suas escolhas produtivas. Para quem ainda acha que ESG é uma “moda passageira”, é bom rever a estratégia. O marketing não pode ser apenas um discurso, precisa ser uma prática consistente.

O fim dos cookies e a ascensão dos dados primários

Com a eliminação gradual dos cookies de terceiros, a coleta de dados passa a ser um jogo de relacionamento direto com o consumidor. Em vez de rastrear silenciosamente, as marcas precisarão incentivar cadastros e interações espontâneas.

A Coca-Cola e a Amazon já estão explorando esse modelo, utilizando dados de fidelização e navegação própria para personalizar campanhas sem ferir a privacidade do usuário. Quem souber transformar a coleta de dados em uma experiência fluida e transparente sairá na frente.

Realidade Aumentada e Virtual: a nova fronteira do engajamento

O marketing imersivo está deixando de ser exclusividade de grandes orçamentos. Com a evolução das tecnologias de AR e VR, cada vez mais marcas investem em experiências interativas. L’Oreal e IKEA lideram essa transformação com ferramentas que permitem testar produtos em tempo real, seja experimentando maquiagem virtualmente ou posicionando móveis em um espaço real antes da compra.

Para os consumidores, esse tipo de experiência reduz barreiras e incertezas, facilitando a decisão de compra. Para as marcas, significa maior conversão e um envolvimento mais profundo.

Influenciadores: da superficialidade para a autenticidade

O marketing de influência está mudando. Se antes grandes nomes eram a aposta segura, agora o foco é na conexão real. Campanhas que envolvem influenciadores nichados, que falam diretamente com sua audiência, estão performando melhor do que grandes parcerias genéricas.

A Fabletics mostrou isso ao lançar sua campanha “Power of Women”, que destacou histórias reais de mulheres diversas em vez de modelos tradicionais. Ao humanizar o conteúdo, a marca construiu uma relação autêntica com seu público.

O exemplo mais recente veio da CeraVe, que viralizou ao insinuar que o ator Michael Cera era o criador da marca. A brincadeira, amplificada por influenciadores, gerou 15,4 bilhões de impressões antes da revelação no Super Bowl. Em um cenário onde a publicidade tradicional se torna cada vez mais ignorada, a criatividade e a autenticidade são o que realmente engajam.

O branding em 2025 é um jogo de equilíbrio entre avanço tecnológico e conexão humana. As marcas que souberem utilizar IA, SEO e realidades imersivas para melhorar a experiência do consumidor, sem perder de vista a transparência e os valores reais, estarão em posição de destaque.

A tecnologia não substitui o fator humano. Pelo contrário, ela deve potencializá-lo. O futuro das marcas pertence àquelas que sabem inovar sem perder a essência.

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CEO da Cubo Comunicação.

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