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Como a presença feminina nos negócios impacta diretamente as vendas

Foto: divulgação.

Por Rebecca Fischer, co-fundadora da Divibank.

Décadas de estudos demonstram com clareza que a presença de mulheres em cargos de liderança é um dos pilares do sucesso organizacional e econômico. A pesquisa mais recente sobre o impacto da liderança feminina, Women in the Workplace 2024, conduzida pela McKinsey e pela Lean In, mostra que a representação feminina em cargos de gestão aumentou, embora ainda esteja longe de alcançar a equidade de gênero. Sua presença na liderança não só favorece um estilo de gestão mais colaborativo e flexível, mas também fortalece culturas corporativas orientadas por missão e valores. Quando bem aproveitada, essa dinâmica resulta em equipes mais integradas e com inteligência coletiva ampliada, refletindo diretamente nos resultados financeiros e operacionais.

Apesar dos avanços, a desigualdade de gênero ainda persiste, especialmente no ambiente corporativo. Os dados são alarmantes: se houvesse uma participação igualitária de mulheres na indústria da saúde, a riqueza global de capital humano poderia aumentar em 22%. Isso comprova que o impacto da liderança feminina vai além dos limites organizacionais, gerando benefícios econômicos diretos e mensuráveis. No entanto, as mulheres continuam enfrentando obstáculos para alcançar cargos de alto nível. O exemplo de Yasmeen Nkrumah-Elie, diretora global de pesquisa externa da ChromaDex e vencedora do primeiro prêmio de liderança feminina na indústria nutracêutica, ilustra a transformação que as mulheres podem provocar. Sua carreira reflete uma liderança inovadora, que une o setor acadêmico e empresarial, sendo reconhecida por sua dedicação em promover a diversidade e orientar outras mulheres.

Além das experiências inspiradoras de líderes como Nkrumah-Elie, a pesquisa da McKinsey propõe quatro intervenções baseadas em evidências científicas para acelerar a ascensão das mulheres a postos de liderança. As recomendações incluem a implementação de processos estruturados para aumentar a conscientização sobre vieses de gênero, programas de mentoria eficazes, iniciativas de desenvolvimento de liderança e o uso de ferramentas de apoio. Essas estratégias não apenas combatem desafios sistêmicos, mas também impulsionam o desempenho organizacional. A pesquisa revela que empresas que investem nessas práticas apresentam melhores índices de retenção de talentos e maior satisfação entre os colaboradores.

A mentoria, em particular, é um fator-chave para o avanço das mulheres na liderança. Ser mentora é um dos maiores presentes que uma líder pode oferecer. Além dos benefícios individuais, programas de mentoria e networking geram um impacto positivo em toda a organização, aumentando o engajamento, a retenção e o compartilhamento de conhecimento. Estudos apontam que empresas que adotam essas práticas de forma estruturada observam maior colaboração entre as equipes e um ambiente de trabalho mais saudável.

Investir na presença feminina em cargos de liderança não é apenas uma questão de justiça social, mas uma estratégia essencial para impulsionar a inovação, o crescimento e a competitividade. As evidências demonstram que organizações que promovem a liderança feminina estão melhor posicionadas para prosperar. Ao adotar práticas inclusivas e estratégicas, essas empresas não só garantem uma representação mais equitativa, mas também estabelecem uma base sólida para um futuro promissor.

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