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4 tendências para carreiras de tecnologia

Foto: divulgação.

De acordo com Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, desenvolvido pelo World Economic Forum, até 2030, as transformações em tecnologia, economia, demografia e transição verde devem gerar 170 milhões de novos empregos, enquanto 92 milhões deixarão de existir.

Esse cenário reforça a necessidade de requalificação, com destaque para o crescimento das habilidades tecnológicas e humanas. O setor de tecnologia também tem sido impactado por este processo, e é importante que os profissionais da área estejam atentos a essas mudanças.

Um levantamento realizado pela BossaBox, startup que aloca e gere profissionais de tecnologia para empresas e scale ups, revela que as empresas estão preferindo colaboradores mais seniors para a área.

Ao longo dos últimos dois anos 95% dos times de Produto e Tecnologia são compostos majoritariamente por Plenos (51%) ou Seniors (44%), ou seja, com total adoção da inteligência artificial e estratégia.

Tendo em vista as projeções sobre o futuro do trabalho, 4 especialistas do setor de Produto e Tecnologia apresentam tendências que os profissionais da área precisam ficar atentos em 2025, sendo elas:

1. A realidade do freelancing

O avanço expressivo de profissões ligadas à computação, TI e informática reflete a crescente digitalização dos processos empresariais e a necessidade de inovação tecnológica em todos os setores. A alta demanda por profissionais do ramo demonstra a busca por especialistas qualificados para desenvolver soluções que acompanhem a evolução do mercado.

“Em 2025, não estaremos apenas falando sobre freelancing e trabalho remoto como alternativas, mas como o modelo dominante nas áreas de tecnologia. Empresas que antes hesitavam em adotar talentos descentralizados agora enxergam squads distribuídos como um caminho natural para inovação e eficiência. O mercado exige especialistas cada vez mais adaptáveis, e os profissionais querem autonomia sem abrir mão de segurança e boas oportunidades. E é exatamente nisso que nosso modelo foca. Ser um Prolancer BossaBox, que significa um freelancer profissional alocado nos nossos projetos, garante mais confiança e tranquilidade para esses profissionais, isso porque nós cuidamos de toda a burocracia, assim como da estratégia e liderança dos squads”, afirma João Zanocelo, Head de Produto e Marketing e cofundador da BossaBox.

2. Domínio da tecnologia comandada pelo ser humano

O avanço da tecnologia e da inteligência artificial é um assunto recorrente nos dias de hoje. E ela passa a ser peça-chave na geração de tendências quando o setor entende que sem o ser humano para operar, comandar e fornecer insumos, as novidades não performam da forma esperada.

Dessa forma, as carreiras em TI se tornam mais dinâmicas, com profissionais assumindo papéis de liderança e gestão de tecnologias emergentes, enquanto as máquinas atuam como aliadas no processo de transformação digital.

“É neste ponto que entra a importância dos profissionais de tecnologia: eles são os responsáveis por testar o potencial da IA e aprimorar seu desempenho, ganho de produtividade e eficiência”, avalia Fernando Camargo, diretor de desenvolvimento de software da SoftExpert, fornecedora mundial de soluções digitais transformadoras para gestão integrada.

3. Habilidade no desenvolvimento de projetos em blockchain

O relatório “Money, Tokens and Games: Blockchain’s Next Billion Users and Trillions in Value”, publicado pelo Citi GPS, aponta a tokenização como um fator que pode impulsionar a aplicação da tecnologia blockchain e prevê um valor de US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões em títulos digitais tokenizados até 2030.

Essa quantia aponta a dimensão do potencial desse mercado, que necessita cada vez mais de profissionais especializados para desempenhar atividades e desenvolver produtos e serviços dentro desse ecossistema, como em cartórios que utilizam essa tecnologia para reconhecimento de firma e no mercado financeiro para a tokenização de ativos.

A aplicação da blockchain origina um novo setor empregatício vinculado à tecnologia e uma nova área para desenvolvimento de produtos financeiros.

“Nos últimos anos, a tecnologia blockchain conquistou um espaço significativo no mercado financeiro – especialmente no setor de ativos alternativos. Dessa forma, uma nova demanda por áreas tech surgiu dentro de empresas de investimentos para impulsionar o desenvolvimento de novas estratégias de produtos para esse mercado em constante inovação, demandando cada vez mais por profissionais capacitados. Atualmente, por exemplo, quase 20% do time Droom está alocado em áreas de tecnologia para, entre outras funções, aprimorar a prestação de serviços tokenizados na empresa”, explica Eduardo Gouvêa, fundador e presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos.

4. Especialização em governança de dados e cultura data-driven

A transformação digital exige que empresas se tornem verdadeiramente data-driven, utilizando dados para decisões estratégicas, aprimoramento da experiência do cliente e inovação. Em 2025, a especialização em análise e gestão de dados é uma das competências mais valiosas para profissionais de tecnologia.

Angélica Peres Campos, head de gente, gestão e performance da Cielo, destaca que a capacidade de organizar, interpretar e utilizar dados de forma estratégica e segura é o diferencial competitivo.

“A governança de dados garante qualidade, segurança e acessibilidade, sendo essencial para que a tecnologia beneficie os negócios. Iniciativas como a Comunidade de Dados na Cielo reforçam a importância da alfabetização de dados em todas as áreas da empresa”.

Além de impulsionar a inovação, uma governança bem estruturada fortalece a segurança e a conformidade com regulamentações, prevenindo riscos e garantindo a confiança dos clientes.

Soluções como o Cielo Farol e o ICVA mostram como dados bem geridos podem gerar inteligência de mercado e contribuir para o crescimento dos negócios. Com o avanço de tecnologias como inteligência artificial e blockchain, a demanda por profissionais especializados em governança de dados tende a crescer.

Angélica também ressalta a importância de competências pessoais como senso de dono e ambição transformadora para atuar em tecnologia, destacando a necessidade de uma postura flexível e construtiva para encontrar as melhores soluções para o time e os clientes.

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