Por Tailan Oliveira, CRO da ALFA Consultoria.
A otimização é um dos principais objetivos das empresas, incluindo o setor varejista. Nesse contexto, a automação emerge como uma resposta para essa busca, impulsionada por um leque de tecnologias que prometem revolucionar desde a operação logística até a experiência de compra do consumidor. E é na oportunidade de integrar processos, reduzir custos e personalizar as interações que a automação ganha espaço central na tomada de decisões estratégicas de varejistas que almejam o sucesso em um mercado cada vez mais competitivo.
É importante lembrar que a automação neste setor não é um conceito novo, mas, diante da sua evolução e da crescente acessibilidade a novas tecnologias, seu impacto tem sido cada vez mais significativo. De acordo com o relatório da Mordor Intelligence, o tamanho do mercado de automação de varejo foi estimado em US$ 17,46 bilhões em 2024, e deverá atingir US$ 37,38 bilhões até 2029, crescendo a um CAGR de 14,66% durante o período de previsão (2024-2029).
Diante deste cenário, há diversas ferramentas e sistemas que estão remodelando o setor e, em alguns casos, impactando diretamente a experiência do cliente. É possível perceber isso com o self-checkout, que reduz filas em lojas físicas; os totens interativos, que facilitam a busca por produtos; o estoque integrado, que garante a disponibilidade; e o atendimento via IA ou QR Code, que agiliza a obtenção de informações, entre outras infinitas possibilidades que o universo da automação traz.
Essa facilidade e eficiência também podem ser encontradas no ambiente online através da personalização por IA, das recomendações inteligentes, do atendimento 24/7 por chatbots, das atualizações automatizadas de pedidos e da proatividade da análise preditiva, que elevam a satisfação e a fidelidade do cliente.
Para além do efeito que se tem sobre o consumidor final, ela também contribui significativamente para a redução de custos operacionais, isso porque há uma otimização do estoque e a implementação de uma logística mais inteligente. Com isso, ao automatizar os processos, é possível diminuir etapas que geram uma burocracia desnecessária, aumentando, assim, a produtividade. Os lucros também usufruem de uma melhoria, visto que é possível reduzir perdas e fraudes e ter uma tomada de decisões mais assertiva baseada em dados.
Apesar dos benefícios, a automação no varejo apresenta desafios, entre eles, o alto custo inicial, a complexa integração com sistemas legados, e uma possível resistência de colaboradores, que pode exigir uma atenção maior na gestão e no treinamento. Outro fator que as empresas também enfrentam é a falta de profissionais qualificados, o que é importante para saber lidar com dilemas que virão a surgir.
Para enfrentar tanto questões técnicas quanto culturais, é importante buscar o auxílio de uma consultoria. Afinal, com ela, será possível estabelecer uma implementação e planejamento estratégico que serão mais eficazes, contando com profissionais experientes irão conseguir visualizar a melhor solução para os problemas que a empresa possuir.
A automação não é apenas uma tendência no varejo, mas sim uma transformação fundamental que está moldando a forma como as empresas operam e competem. Os varejistas podem aproveitar o poder da automação para otimizar seus processos, aprimorar a experiência do cliente e construir um futuro mais eficiente e próspero.