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Blips capta R$ 50 milhões e quer virar instituição financeira 

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Foto: divulgação

A Blips, startup mineira fundada em 2019 por Adolfo Sortica e Ricardo Rocha, pode ser definida como uma empresa especialista em acreditar no empreendedor. E sua missão é uma só: fazer o cliente faturar. Além disso, já nasceu lucrativa. Esse raro atributo atraiu a Headline, gestora global de venture capital, a assinar um cheque de R$ 50 milhões.

Financiando e alugando equipamentos (de marca própria) para micros e pequenos empreendedores em todo o país em diversos setores, como comunicação visual, estética, food service, academias e construção civil, no seu primeiro ano, acreditou em 200 clientes. No ano passado, fechou acreditando em 4 mil, com 5 mil máquinas faturando para seus clientes.

Para quem pretende iniciar ou expandir seus negócios, oferece uma solução acessível e sem burocracia. Com um modelo de aluguel, a startup disponibiliza equipamentos novos com baixo investimento inicial, suporte técnico incluso e a possibilidade de aquisição ao final do contrato. 

Já para quem opta pelo financiamento, facilita o acesso ao crédito, reduzindo as barreiras tradicionais e garantindo suporte contínuo durante toda a jornada do cliente. Além disso, até mesmo o cliente que não sabe por onde começar, mas tem vontade de empreender, a empresa oferece o Blips Educa, app educativo que ensina o cliente como criar um negócio, produtos e serviços a partir de um determinado equipamento. 

Nosso grande diferencial é acreditar no potencial de crescimento dos empreendedores, facilitando o crédito para equipamentos que vão impulsionar seus negócios. O aporte da Headline nos permitirá ampliar ainda mais esse trabalho e chegar a mais setores da economia”, explica o CEO, Adolfo Sortica.

Desde o IoT proprietário para bloqueio, telemetria e monitoramento de todas as linhas de máquinas operadas, como na própria concessão de crédito, segmento no qual a companhia desenvolveu um motor de crédito próprio que avalia seus clientes nos aspectos financeiro, psicométrico e social, aprovando 60% de tudo que o mercado financeiro tradicional reprova, com uma taxa de perda de apenas 0,4%.

“Mais de 50% dos empregos no Brasil são gerados por micros e pequenos negócios, setor pouco acreditado pelo sistema financeiro tradicional. A Blips vai levar tecnologia para outros setores da economia e acreditar ainda mais nesse empreendedor que está impedido de crescer, faturar e gerar mais empregos. Fomos investidos para investir nesses empreendedores de micro e pequeno porte”, afirma o cofundador da empresa, Ricardo Rocha.  

Todos os setores internos da empresa são geridos por um agente proprietário de IA com nomes bem peculiares. Na área de suporte aos clientes e seus equipamentos, as inteligências artificiais são a Socorro e o Salvador. A primeira IA faz o atendimento ao cliente de mais de 4.000 chamados por mês. A segunda IA faz o suporte técnico especializado dos equipamentos e resolve as dúvidas e problemas de mais de 1.200 atendimentos por mês.

Toda a sua régua de cobrança é operada por uma IA chamada Esperanza, que, além dos lembretes, negocia e fecha os acordos dos clientes em atraso ou inadimplentes. A área de cobrança tem apenas 5 profissionais desde 2023.

Para finalizar, indagado sobre próximos passos, Gabriel Alves, sócio da Headline, responde brincando:

“Na Blips nada é tão bom que não possa melhorar. A Blips tem um negócio de capital intensivo, então vamos olhar para estruturas que podem alavancar capital. Tudo indica que com uma licença de SCFI, o negócio será ainda mais rentável”.

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