Engajar o público em eventos e ativações de marca representa um ponto central para empresas que buscam construir conexões duradouras com seus consumidores.
Portanto, a diferenciação se torna fundamental em um mercado onde os investimentos em experiências de marca no Brasil ultrapassaram R$ 100 bilhões em 2024, conforme o Anuário Brasileiro de Live Marketing 2024-2025.
O estudo aponta ainda que a combinação de ativações presenciais com estratégias digitais forma um cenário propício para a comunicação de marcas, onde a experiência ao vivo capta a atenção e o digital amplifica o alcance.
Nesse contexto, Ale Tcholla, sócio e diretor criativo da Blood, agência referência em non-stop experience, avalia que ações ininterruptas, integradas e centradas no comportamento do consumidor podem gerar resultados.
O conceito non-stop experience defendido por Tcholla envolve o mapeamento de pontos de contato antes, durante e após os eventos. Segundo ele, é preciso envolver o propósito da marca na ação, sendo o pilar de um planejamento de ação eficaz.
“Uma ativação sem propósito é uma ação com potencial de engajamento reduzido, temos que alinhar este objetivo a uma ação que gere interesse no público, que tenha conexão. Assim a abordagem foca na construção de uma jornada de relacionamento entre marca e consumidor, integrando pontos de contato físicos e digitais, além de interações pontuais”.
Confira as 5 dicas apontadas por Ale Tcholla:
1. Projeto com propósito e continuidade
É preciso criar um bom planejamento, óbvio que com um bom briefing, que adeque o propósito da marca, que busque uma interação informativa, útil e que possa ser potencializada após o evento. Esse é o começo de tudo para alcançar constância. Afinal, para ter engajamento, tem que ter constância.
2. Integração entre o físico e o digital
Mesmo que nem todos os projetos permitam sua aplicação completa, é possível construir uma jornada integrada, que considere o perfil do público, os pontos de contato e os objetivos da ação. Do primeiro ponto de contato, à continuidade do relacionamento durante uma ativação, cada etapa contribui para transformar o evento em um vetor de conexão e engajamento prolongado.
3. Uso estratégico da tecnologia
Neste cenário em que a atenção do visitante é disputada, o digital surge como ferramenta para criar ações interativas e imersivas, tornando a experiência do participante mais completa e, por vezes, surpreendente. A ideia é utilizar a tecnologia para potencializar as ações. Assim, é possível criar uma mecânica que junta entretenimento com a mensagem de marca, e com isso otimizar os resultados… é um exemplo.
4. Personalização da experiência
Criar experiências únicas ou ações relevantes para grupos com perfis semelhantes é fundamental. Quanto mais informações sobre o participante e marca nós tivermos, melhor será a experiência no estande ou na ativação. Mergulhando nas particularidades de cada um, personalizar transforma interações em conexões profundas e momentos realmente memoráveis.
5. Relevância e utilidade como pilares
Se o planejado for interessante, útil ou agregar conhecimento ao público, as chances de compartilhamento e promoção eficaz da mensagem da marca aumentam. Esse alinhamento com o storytelling e o branding da marca emerge de um projeto bem executado, que analisa profundamente como o consumidor percebe a marca. Depois disso, é possível entender como o branding é apresentado em cada canal e propor ações que reforcem a identidade e complementam a narrativa da empresa.
Entre equívocos comuns, o sócio da Blood aponta a crença de que uma ativação divertida ou uma interação imersiva, por si só, não seja suficiente.
“Apresentar um game, uma interação imersiva não é mais novidade. O ideal é pensar em uma ativação conectada com o que a marca quer, levando em conta a mensagem final”, conclui.