Por Julio Amorim, CEO da Great Group.
Vamos cortar o papo furado: conselho que só serve pra bater carimbo, dar opinião genérica e enfeitar slide institucional não é conselho, é despesa de luxo. E cara.
Conselho consultivo de verdade é ativo estratégico. É aquele grupo que entra no jogo pra valer e não só pra dizer “vocês estão indo bem” com um sorriso polido. Um bom conselho não é feito de figurantes engravatados. É feito de gente que entrega visão, conexão, provocação e, acima de tudo, resultado.
Sabe qual é o papel real de um Conselho Consultivo? Fazer a empresa crescer com inteligência. Evitar erro antes que ele custe caro. Abrir portas que o time interno nem sabia que existiam. Ajudar a decidir quando o jogo aperta e, quando precisa, botar a mão na massa também.
Porque vamos falar a real: o mundo dos negócios não é PowerPoint. É suor, risco e competitividade braba. E, nesse cenário, conselho que só observa de longe, não serve. Conselho que se esconde atrás do “não é meu papel”, também não.
Conselho relevante é aquele que se envolve, que entende o momento da empresa, que tem coragem de desafiar e humildade pra construir junto. Quem você conhece pode ser o que vai te levar pra um novo mercado, novo investidor ou nova parceria.
E quando funciona? O CEO ganha respaldo pra agir com mais segurança. Os executivos ganham acesso a experiências que não têm dentro de casa. Os investidores ganham confiança, visão de longo prazo e lucro.
Porque conselho que não traz retorno, deveria ser repensado. Conselho que não gera relacionamento estratégico, está jogando metade do jogo fora. E conselho que não encurta caminho, atrasa crescimento. Se conselho é só pra parecer inteligente e sofisticado, estamos no caminho errado. Mas se é pra gerar impacto, encurtar caminhos, desafiar o óbvio e fazer parte do jogo… aí sim, temos um ativo poderoso na mão.
Quer saber se o seu conselho vale a pena? Faça uma pergunta simples: se ele sumisse amanhã, que falta faria? Se a resposta for “quase nenhuma”, então talvez você só tenha um enfeite mesmo.
Mas se for um conselho de verdade, que conecta, provoca, resolve e constrói, pode ter certeza: é um dos ativos mais valiosos da sua empresa.