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Novo paradigma corporativo: outro olhar para o trabalho presencial

Foto: divulgação.

Por Daniel Moral, CEO e cofundador da Eureka Coworking.

Nos últimos anos, a forma como nos relacionamos com o trabalho passou por transformações profundas. A pandemia acelerou o movimento do regime remoto e, com isso, muitas empresas repensaram suas dinâmicas e modelos operacionais.

Hoje, com a retomada de certa estabilidade, observa-se uma tendência crescente de retorno aos escritórios. Segundo um estudo da Resume.org, 75% dos executivos que já implementaram essa volta preveem que seus times atuem com presença física ao menos três vezes por semana.

Essa tendência cria oportunidade para uma reflexão importante: como encontrar o equilíbrio entre voltar ao presencial e valorizar a flexibilidade, que tantos profissionais passaram a considerar essencial?

É natural que o ambiente físico seja visto como uma oportunidade para fortalecer a cultura organizacional, estimular a colaboração e impulsionar a produtividade. Porém, cada empresa tem sua própria realidade, e vale analisar com profundidade quais modelos de trabalho mais se adequam ao perfil do time e aos objetivos do negócio.

Diversos estudos indicam que a flexibilidade é um fator relevante para o bem-estar e o desempenho. Uma pesquisa do Great Place to Work aponta que colaboradores com liberdade para escolher onde e como atuam tendem a apresentar níveis mais altos de engajamento e performance.

Um outro levantamento, realizado pela Caju com apoio das startups Comp e Pipo Saúde, revela que mais de 83% dos profissionais preferem um modelo híbrido. Esses dados evidenciam uma mudança de expectativa e comportamento que merece atenção, e abre espaço para inovação e diálogo dentro das corporações.

Ao observar essa nova realidade, fica claro que o desafio das empresas está em construir modelos de trabalho mais adaptáveis, que equilibrem bem-estar, conexão humana e eficiência. Nesse cenário, os coworkings surgem como uma alternativa eficiente.

Ao reunir o melhor do presencial com a liberdade da rotina flexível, esses espaços oferecem estrutura, comunidade e colaboração de forma planejada e estratégica, além de contribuírem com a redução de custos operacionais.

É justamente essa mentalidade aberta à escuta, à experimentação e à análise do que faz sentido para cada contexto que impulsiona as organizações modernas. Estabelecer políticas rígidas ou universais pode não atender às necessidades diversas dos times. Já escolher caminhos flexíveis e conscientes, que valorizem tanto o contato direto entre pessoas quanto a autonomia, se mostra cada vez mais promissor.

O futuro do trabalho está sendo construído agora, e as empresas que souberem ouvir, adaptar e inovar com propósito estarão um passo à frente nessa jornada.

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