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Inteligência tributária: IA garante assertividade estratégica para a área

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Foto: divulgação.

Por Paulo Silvestre, diretor de inovação e estratégia do ButtiniMoraes Advogados.

Há muitos anos, a área tributária é vista como um centro de conformidade, um espaço técnico voltado à apuração e ao cumprimento de obrigações acessórias. Mas essa lógica tradicional está com os dias contados. Em um cenário fiscal cada vez mais complexo, dinâmico e regulado, a verdadeira vantagem competitiva nasce da capacidade de transformar dados fiscais em inteligência aplicada ao negócio. Diferente de iniciativas anteriores que apenas digitalizam processos antigos, hoje existe no mercado frameworks que invertem a lógica. Isto porque não só organizam as informações fiscais, mas extraem valor estratégico dos dados, entregam clareza, antecipam riscos e ampliam a capacidade de decisão — tudo isso porque são desenhados com visão de futuro, domínio técnico e uma arquitetura robusta.

E por que isso importa? Porque a forma tradicional de lidar com dados fiscais, além de ineficiente, está se tornando um entrave à inovação. Em vez de simplesmente cumprir a lei, o desafio agora é usar a legislação como ponto de partida para gerar vantagens competitivas. Novas soluções de IA assumem esse papel ao combinar Data Lake e Data Warehouse, garantindo governança, rastreabilidade e poder analítico desde o primeiro dado.

Uma destas plataformas, que posso destacar, foi desenvolvida com infraestrutura baseada no Azure Service Fabric, sendo escalável, resiliente e naturalmente integrada nativamente a serviços de IA e machine learning. A inteligência artificial generativa, por exemplo, transforma a consulta tributária em uma experiência conversacional, natural e acessível, mesmo para quem não é especialista técnico – e isso muda tudo.

Mais do que um avanço tecnológico, este tipo de plataforma representa uma mudança cultural profunda. A área tributária, muitas vezes isolada dentro das corporações, passa a ocupar o centro das decisões, conectada ao negócio de forma ativa e estratégica. O resultado? Processos que levavam dias são resolvidos em minutos. O retrabalho cai, os riscos diminuem e a previsibilidade cresce.

Claro que nada disso acontece por acaso. A área tributária, historicamente isolada dentro das corporações, assume agora um papel protagonista, conectada às decisões estratégicas. Essa visão de longo prazo se traduziu em uma solução real, tangível, e que já mostra impacto concreto em operações de alto nível.

Outro destaque é a preocupação com segurança e usabilidade. A conformidade com a LGPD brasileira e a GDPR europeia, somada à criptografia de ponta a ponta e integração com ferramentas como Power BI e Microsoft Teams, garante tanto proteção quanto fluidez na experiência do usuário. Ou seja, as empresas podem contar agora na área tributária com tecnologias que entendem a rotina de quem opera e entregam uma experiência intuitiva e funcional.

Por fim, talvez o maior mérito de ferramentas como, por exemplo, o Intelligence Tax Hub é sua capacidade de evolução contínua. As novas plataformas de IA, inclusive para o setor tributário, não são pacotes fechados e imutáveis, mas hubs vivos, que se adaptam a partir de dados reais de uso e mudanças regulatórias. Isso garante longevidade e evita a armadilha de sistemas engessados, que não acompanham o ritmo da transformação digital.

Em um país como o Brasil, onde o sistema tributário desafia até os especialistas mais experientes, colocar a inteligência no centro da operação fiscal não é um luxo — É uma necessidade estratégica — e um diferencial competitivo que poucos estão preparados para explorar.

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