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Os desafios da autenticidade no live marketing

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Foto: divulgação.

Por Edy Vitorino, CEO e cofundadora do Grupo if.

A atenção disputada a cada segundo no mundo digital e o infinito volume de informações cria um cenário perfeito para a ascensão do Live Marketing como um oásis de autenticidade. As marcas enfrentam o desafio constante de transcender o engajamento superficial e criar conexão de verdade que exige alma, presença e continuidade. Como profissional com mais de uma década imersa nesse universo, entendo que o verdadeiro poder do encontro ao vivo reside na sua capacidade de gerar sensações genuínas e duradouras.

O papel das agências, nesse contexto, evoluiu significativamente. Deixamos de ser meros executores de eventos para nos tornarmos arquitetos de experiências, estrategistas da emoção. A inovação no Live Marketing não é só sobre fazer barulho, mas criar conexões reais em um cenário onde tecnologia, comunidade e responsabilidade social se entrelaçam de vez.

E isto acontece por meio de uma história boa e crível, de forma que ela fique impregnada na memória do consumidor e mantendo ela viva pelo interesse tanto do receptor quanto do emissor da mensagem. Além disso, a ativação precisa ter uma mensagem forte o bastante para ser ecoada pelo público. Não é sobre o que a sua marca quer dizer.

Mas como podemos, de fato, inovar para que uma experiência vá além do seu impacto momentâneo e entre de forma concreta na mente e no comportamento do público?

O ecossistema da experiência

Uma ação de Live Marketing verdadeiramente inovadora não começa nem termina no evento em si. Ela considera todo o ecossistema: o aquecimento e a expectativa gerados antes; a imersão e as conexões estabelecidas durante; e, crucialmente, o diálogo e o engajamento mantidos depois.

De nada adianta emocionar o público no sábado e desaparecer na segunda-feira. A continuidade no pós-evento é o que sustenta o vínculo. Follow-ups inteligentes, conteúdos exclusivos, pesquisas que mostram que a opinião do público importa e programas de fidelidade são exemplos de movimentos que mantêm a conversa viva e transformam participantes em clientes recorrentes.

É fundamental capturar insights sobre o comportamento do público durante a ação para refinar estratégias futuras e manter a conversa viva, transformando participantes em verdadeiros embaixadores da marca.

Com isso, medir a relevância de uma ação deve ser parte intrínseca da estratégia. Contudo, precisamos olhar além das métricas de vaidade. Quais KPIs realmente indicam que criamos uma conexão, que influenciamos uma percepção ou que geramos um valor tangível para o público e para a marca? A análise deve focar no impacto qualitativo, na mudança de sentimento e na longevidade da lembrança.

Para que uma ação de marketing de experiência transcenda o estético e se torne memorável, criando laços reais e resultados duradouros, ela precisa estar ancorada em três pilares essenciais:

  • Verdade: A experiência deve ser autêntica, refletindo genuinamente os valores e o propósito da marca. O público anseia por transparência e reconhece quando uma mensagem não condiz com a prática.
  • Vontade: A ação precisa se conectar com os desejos, aspirações e necessidades do público. É sobre entender o que realmente move as pessoas e oferecer algo que ressoe com suas motivações intrínsecas.
  • Valor: A iniciativa deve entregar um valor claro e perceptível, seja ele emocional, informativo, social ou de entretenimento. O público precisa sentir que ganhou algo significativo ao participar.

O Live Marketing está em constante reinvenção, mas sua essência permanece: o encontro real, a vivência que envolve os sentidos e se aloja na memória. Em um mundo que clama por autenticidade e propósito, o caminho para a inovação é humanizar as interações, aproximar marcas e pessoas e construir narrativas que não apenas informem, mas que emocionem, inspirem e, acima de tudo, criem um impacto real e positivo na forma como o público se relaciona com as marcas. É assim que transformamos momentos em legados.

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