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PMEs representam mais de 30% do PIB brasileiro, mas ainda precisam quebrar o tabu da ineficiência financeira

Foto: divulgação.

Junho é o mês em que celebramos as PMEs (Pequenas e Médias Empresas), o motor silencioso e resiliente da economia brasileira. Dados do Sebrae apontam que a categoria é responsável por cerca de 30% do nosso PIB (Produto Interno Bruto), portanto, não podemos deixar de analisar também as suas dores, sejam as “visíveis” ou aquelas que, por vezes, se tornam tabu dentro das próprias organizações. Nesse último caso, a mais perigosa, e frequentemente escondida “embaixo do tapete”, é encontrada no processo de gestão de despesas.

Quando olhamos para as batalhas mais “visíveis” das empresas em fases de aceleração, podemos citar exemplos como flutuações de juros, burocracia e acesso ao crédito. O que muitos não percebem — ou preferem não discutir abertamente — é que o resultado dessa luta externa começa no cenário interno. Uma gestão financeira sem controle, organização e inteligência não é apenas uma falha operacional; ela se transforma em um tabu financeiro que impulsiona as dificuldades derivadas do cenário macroeconômico brasileiro e trava o crescimento sustentável.

O “Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil”, que produzimos na Conta Simples em parceria com a Visa, mostra que as PMEs dedicam, em média, 21 horas semanais à gestão de despesas. Isso equivale a quase dois dias e meio de um colaborador — considerando uma jornada de trabalho de oito horas diárias — dedicados não a vender, inovar ou atender clientes, mas a tarefas operacionais. 

Essa ineficiência, muitas vezes normalizada e pouco questionada, é reflexo direto da falta de automação e tecnologias adequadas. O estudo apontou que 65% das empresas ainda dependem de planilhas e 39% utilizam cadernos para registrar suas despesas. Não é à toa que 59% dos entrevistados indicam atrasos em recebíveis e gastos inesperados como os maiores vilões do planejamento, sintomas que indicam o tabu na gestão de despesas, onde a dificuldade em falar sobre o problema impede a busca por soluções.

Estamos em 2025, na era da inteligência artificial, e uma parcela significativa do nosso motor econômico ainda opera com métodos da década de 1980. Isso não é apenas um anacronismo; é uma barreira que impede a visibilidade financeira. E não dá para prever o futuro se o presente não é enxergado com clareza.

Como vencer todas as batalhas?
A boa notícia é que a solução para grande parte dos desafios financeiros das PMEs já existe e está mais acessível do que se imagina. Ela passa por uma mudança de mentalidade: entender que a gestão de despesas não é um mero centro de custo ou um detalhe burocrático, mas um investimento estratégico.

As plataformas de gestão inteligentes centralizam informações, automatizam processos, fornecem dados em tempo real e dão aos gestores o que eles mais precisam: controle e tempo. Tempo para pensar na estratégia, para cuidar do time, para expandir o negócio. 

Com a solução certa e que olha para as demandas específicas da empresa, é possível saber exatamente onde cada centavo está sendo investido e qual o retorno que ele traz. O próprio panorama indica que a adoção de determinadas plataformas de gestão de despesas de alta performance pode reduzir em até nove horas por semana o tempo gasto com essa função. Prova disso é a Allugator, empresa de aluguel de eletrônicos que, ao centralizar sua gestão na plataforma da Conta Simples, reduziu o tempo de fechamento financeiro de três para um dia útil.

Portanto, celebrar as PMEs é mais do que reconhecer sua importância econômica. É assumir um compromisso com o futuro da categoria e incentivar um ambiente onde se possa falar abertamente sobre desafios e soluções, garantindo assim, um ecossistema com mais acesso, menos burocracia e ferramentas que impulsionam resultados reais. Visibilidade e eficiência moldam os negócios que transformam o Brasil. 

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CEO e co-fundador da Conta Simples.

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