Search

Por que investir na conscientização sobre vazamento de dados?

Ricardo Maravalhas
Foto: divulgação

Por Ricardo Maravalhas, fundador e CEO da DPOnet.

Mais de 16 bilhões de senhas foram vazadas na internet desde o início de 2025, de acordo com um levantamento realizado por pesquisadores do portal Cybernews.

As principais fontes dos vazamentos de dados são: programas maliciosos que roubam senhas, bases usadas para tentar invadir combinações já conhecidas e vazamentos antigos que foram reorganizados e divulgados de novo.

Isso só reforça a importância de se investir na conscientização sobre vazamento de dados pessoais, principalmente com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em vigor.

Os dados estão entre os ativos mais valiosos para as empresas, por isso merecem uma atenção especial não apenas para evitar multas e sanções legais, mas também em termos de credibilidade com o público.

Hoje, cada interação gera informações que podem ser usadas para melhorar produtos, personalizar experiências e impulsionar estratégias de negócio. Porém, a facilidade traz também grandes responsabilidades: proteger dados de clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores.

Diante desse contexto, a conscientização sobre o tratamento de dados deve estar entre as prioridades nas organizações.

Um erro que deve ser evitado é acreditar que os vazamentos de dados estão apenas ligados a ataques cibernéticos sofisticados.

Os incidentes também podem acontecer por falhas simples, como um e-mail enviado para um destinatário errado, um documento compartilhado sem os devidos cuidados, senhas fracas ou repetidas em sistemas críticos.

Ou seja, muitas das vezes, os problemas podem vir também dos comportamentos. Por isso é importante aliar investimento tecnológico com campanhas de conscientização que vão muito além de treinamentos pontuais.

Por isso é essencial construir uma cultura organizacional em que todos, independente do cargo, entendam o valor das informações que lidam e as responsabilidades, fazendo com que cada colaborador reconheça que os dados não são apenas números e sim parte dos indivíduos que podem sofrer consequências reais caso suas informações sejam expostas. Cabe às lideranças sempre oferecer ações práticas e trazer bons exemplos.

Sancionada em 2018, a LGPD veio como um reforço desse compromisso ético das empresas com a privacidade das pessoas. Muito além de penalidades financeiras rigorosas, a lei impõe uma nova postura das empresas que vão desde Pequenas e Médias a grandes: o cuidado com as informações deve estar presente em todas as etapas do negócio.

Vale ressaltar que os prejuízos vão muito além das multas: danos à reputação, perda de clientes, insegurança jurídica e queda na confiança do mercado. Ou seja, um único incidente pode gerar danos que comprometem anos de construção de uma imagem.

Já os investimentos em programas de conscientização são muito mais acessíveis e geram impactos diretos na prevenção de riscos. Hoje há diversas tecnologias no ecossistema de startups e inovação que trazem soluções com profissionais especializados no assunto e ajudam as empresas a investir na proteção de dados de maneira estratégica.

As empresas que compreendem essa importância não estarão apenas protegendo um dos seus maiores ativos, como também vão construir um relacionamento sólido e duradouro com os seus públicos.

E você, como tem feito a diferença em sua empresa?

Compartilhe

Leia também