O empreendedor Bruno Gurgel, CEO e fundador da EquilibriOn, nunca imaginou que sua busca por soluções para questões pessoais se tornaria a base de um negócio.
Durante seu estudo em psicologia positiva, na PUCRS, ele passou por uma transformação significativa, que envolveu mudanças em sua saúde física e mental, reeducação alimentar, exercícios e a maneira como lidava com a tecnologia.
“Foi em um retiro, durante um exercício de respiração, que percebi o impacto profundo que a tecnologia estava tendo na minha saúde. Comecei a refletir sobre o tempo que estava perdendo diante das telas e como isso afetava todos os aspectos da minha vida. É claro que isso também foi discutido em várias sessões de terapia, mas no retiro, tive a certeza de que poderia transformar minha maior dor na minha missão”, explica.
A partir dessa reflexão, ele desenvolveu a tese “A importância da gestão de tempo em uma sociedade imersa em tecnologia“, que foi discutida com muitos participantes do congresso. A pesquisa explorou o impacto negativo do uso descontrolado da tecnologia sobre a saúde física, mental e emocional das pessoas. No congresso a pergunta “como a tecnologia impacta a sua vida?” foi utilizada para gerar discussões e coletar percepções.
“Eu fui ao congresso para validar um trabalho acadêmico, mas saí de lá com uma nova missão: criar algo que fosse além da teoria. Queria ajudar as pessoas a lidarem com o tempo que perdiam na frente das telas e, assim, melhorar sua qualidade de vida”, destaca.
Erick Melo, também cofundador da EquilibriOn, complementa que a EquilibriOn reúne tudo aquilo que me motiva: inovação com propósito e impacto real na vida das pessoas:
“A maneira como a empresa atua — promovendo qualidade de vida em um mundo cada vez mais conectado, faz todo sentido. Quando propósito, impacto e escalabilidade caminham juntos, não tem como ficar de fora”.
A partir desse novo propósito, ele começou a aplicar suas ideias em palestras, inicialmente em eventos como as Semanas Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPATs), com o objetivo de conscientizar funcionários sobre os impactos do uso excessivo da tecnologia.
“O começo foi focado em compartilhar o que sabíamos, mas o mais valioso foi ouvir o público. O feedback deles nos permitiu aprimorar nossa abordagem, nos levando a criar workshops e novos conteúdos”, lembra.
Transformar essa ideia acadêmica em um modelo de negócio não foi uma tarefa simples. O principal desafio foi o investimento. O tema era novo, e o mercado mostrou resistência inicial.
Para dar os primeiros passos, Bruno precisou investir seu próprio dinheiro e buscar parcerias estratégicas. Porém, a missão da EquilibriOn sempre foi clara: oferecer soluções práticas para que as pessoas possam gerenciar melhor seu tempo e sua saúde.
Com planos de expandir para o mercado corporativo, escolas e órgãos públicos, já está captando recursos para expandir suas operações. A empresa busca não apenas impactar empresas, mas criar uma transformação social, levando a conscientização sobre o uso da tecnologia para comunidades e organizações públicas.
Ao refletir sobre sua trajetória, ele deixa um conselho valioso para outros empreendedores: definir um propósito claro. Para ele, o sucesso não está na busca por dinheiro, mas na transformação que você gera na vida das pessoas.
“O sucesso não se mede pelo valor financeiro, mas pela mudança positiva que você consegue provocar na vida de alguém. O feedback de um cliente, quando ele compartilha como sua vida foi impactada, vale mais do que qualquer quantia monetária”, afirma.
Ele ainda reforça que a EquilibriON atua com consultorias, palestras, workshops e outras experiências que promovem práticas saudáveis para o uso da tecnologia, voltadas a empresas e famílias.
Com planos para o futuro, está focada em escalar suas soluções, sempre mantendo a missão de devolver tempo de qualidade às pessoas. A empresa acredita que, ao fazer isso, pode gerar um impacto significativo, não apenas no ambiente corporativo, mas também na sociedade como um todo.
“Nosso compromisso é revolucionar a maneira como as pessoas utilizam seu tempo. Ao devolver tempo de qualidade, podemos gerar um impacto real, não só nas empresas, mas na vida de cada indivíduo. Esse é o caminho para mudar o futuro, enfrentando os desafios da saúde mental, física e emocional, e decidimos focar, talvez, no maior vilão de todos eles: o tempo de tela.”, finaliza,