Por Farias Souza, CEO da Board Academy.
A inteligência artificial (IA) é uma realidade no universo corporativo. Em 2025, a tecnologia figura como prioridade máxima para os conselhos de administração, especialmente no Brasil, onde uma pesquisa da Ernst & Young revelou que 75% dos conselheiros preferem acelerar a adoção da IA em vez de focar exclusivamente na mitigação dos riscos que ela pode trazer.
O cenário evidencia a crescente consciência de que, para navegar em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, os conselheiros precisam incorporar a IA como ferramenta estratégica, capaz de transformar a tomada de decisões e impulsionar a inovação nas organizações.
Diante disso, formações que traduzem a IA na prática e eventos dedicados ao tema, como o IAmplify, tornam-se essenciais para capacitar líderes e conselheiros nessa nova era.
A evolução rápida das tecnologias de IA tem provocado mudanças profundas nos processos internos e nos modelos de negócio das companhias.
A automação de tarefas repetitivas é apenas a ponta do iceberg. Algoritmos de inteligência artificial são capazes de analisar grandes volumes de dados com alta precisão, prever comportamentos de mercado, otimizar cadeias de suprimentos e personalizar produtos e serviços.
Essa capacidade de extrair percepções e dados em tempo real tem potencial para aumentar a eficiência operacional e a competitividade das empresas de forma expressiva.
No entanto, a adoção acelerada traz desafios importantes, sobretudo no que diz respeito à governança, ética e segurança da informação. Os conselheiros precisam garantir que as iniciativas de IA sejam implementadas de forma responsável, respeitando normas regulatórias e princípios éticos que protejam a privacidade dos dados e evitem vieses discriminatórios.
A criação de políticas claras e a supervisão rigorosa são fundamentais para minimizar riscos reputacionais e legais, assegurando a confiança dos stakeholders.
Ademais, a incorporação desse tipo de tecnologia demanda esforço contínuo de capacitação e atualização dos próprios membros dos conselhos e dos executivos. O ritmo acelerado das inovações exige conhecimento aprofundado para que as decisões sejam estratégicas e alinhadas às melhores práticas.
O engajamento ativo dos líderes no acompanhamento das tendências e no entendimento das implicações tecnológicas é indispensável para o sucesso das iniciativas.
A inteligência artificial também impulsiona a inovação ao possibilitar o surgimento de novos produtos, serviços e modelos de negócio que antes pareciam inviáveis. Empresas que conseguem integrar a IA de forma estratégica tendem a se destacar em seus mercados, conquistando vantagem competitiva.
A transformação digital conduzida pela IA promove não apenas ganhos de produtividade, mas também uma nova cultura organizacional, mais ágil e orientada a dados.
Portanto, a compreensão das aplicações, inovações e implicações éticas da IA é imprescindível para que os conselhos de administração possam dirigir suas organizações rumo a um futuro inovador.
A IA é mais do que uma ferramenta tecnológica. Ela é um catalisador de mudança que redefine setores inteiros e abre caminho para novas oportunidades. Assim, o equilíbrio entre inovação e responsabilidade será o principal diferencial para as empresas que desejam prosperar na era digital.