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O futuro é híbrido

Foto: divulgação.

Por Paulo Amorim, CEO e fundador da K2A Technology Solutions.

A convivência entre máquinas e pessoas já não é uma possibilidade futura, é o presente. Em vez de substituir a inteligência humana, a tecnologia tem se mostrado uma aliada poderosa, sobretudo ao automatizar tarefas repetitivas e liberar tempo para o que as máquinas ainda não fazem: pensar estrategicamente, criar, inovar e sentir.

O futuro dos negócios não será apenas tecnológico nem exclusivamente humano: será híbrido. E esse futuro já começou.

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, cerca de 43% das tarefas corporativas já podem ser automatizadas. Ainda assim, habilidades como pensamento analítico, criatividade e inteligência emocional seguem entre as mais valorizadas.

Isso mostra que a transformação digital não substitui as pessoas, mas redefine seu papel. A tecnologia potencializa o talento humano, liberando-o para focar em atividades mais estratégicas e significativas.

Na prática, muitas empresas já colhem os frutos dessa integração. A Magazine Luiza, por exemplo, usa inteligência artificial para agilizar o atendimento, mas mantém o atendimento humano em demandas mais sensíveis, garantindo uma experiência mais completa. Já a Natura utiliza algoritmos para prever estoques e tendências, enquanto suas equipes se dedicam à inovação e a projetos socioambientais.

Ferramentas como ChatGPT, Notion AI, Power BI e outras plataformas baseadas em inteligência artificial estão reformulando a rotina corporativa.

Elas ajudam na produção de conteúdo, na organização de dados e na automação de diagnósticos, mas a interpretação dessas informações e as decisões estratégicas ainda dependem, e devem continuar dependendo, da sensibilidade e do julgamento humano.

Cabe à liderança fomentar esse equilíbrio, criando ambientes em que pessoas e máquinas colaborem de maneira inteligente e complementar.

O futuro é híbrido porque une o melhor dos dois mundos. Empresas que entenderem essa sinergia terão mais capacidade de inovar, crescer e se adaptar diante das rápidas transformações do mercado. Mais do que acompanhar a evolução tecnológica, será necessário liderar sua aplicação com propósito, responsabilidade e visão humana. É assim que se constrói o amanhã.

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