Por Meire Medeiros, CEO do Grupo MM Eventos.
Quando fundei o Grupo MM Full Eventos, há mais de três décadas, o mercado de eventos era outro. A entrega era centrada em estrutura, produção e cronograma. Mas o tempo — e a consciência coletiva — nos mostraram que fazer eventos é, acima de tudo, provocar conexões. Conexões entre ideias, marcas, pessoas e propósitos. E é justamente nesse encontro entre forma e sentido que eventos vêm se consolidando como instrumentos estratégicos para transformar não apenas negócios, mas também a cultura das organizações.
Nos últimos anos, vivemos uma virada de chave. Não se trata mais apenas de impactar participantes com formatos grandiosos ou ativações tecnológicas. A verdadeira inovação está na escuta ativa, na curadoria sensível, na habilidade de desenhar experiências com propósito. Em um mundo onde todos buscam ser vistos, eventos que criam espaço para o indivíduo — mesmo em meio a milhares — são aqueles que deixam marca. No Grupo MM Eventos, temos investido em processos colaborativos com nossos clientes, desde o primeiro briefing até o pós-evento. A inovação acontece quando o evento é compreendido como uma jornada viva, e não como uma entrega fechada em si.
Esse olhar inovador precisa caminhar de mãos dadas com responsabilidade social e ambiental. Muito se fala sobre ESG, mas transformar esse conceito em prática exige consistência e intenção. Incorporar diversidade e sustentabilidade aos eventos não é um bônus — é um dever. Isso se traduz na escolha de fornecedores alinhados a boas práticas, em políticas internas que valorizem a equidade e em decisões conscientes sobre impacto. Não à toa, 60% da nossa equipe é formada por mulheres. Quando criamos iniciativas como o CaMMaleoas em Foco, por exemplo, estamos indo além de uma ação institucional: estamos construindo um ambiente onde histórias de superação, pertencimento e liderança feminina têm voz e centralidade.
E para que tudo isso aconteça de forma verdadeira, a palavra-chave é colaboração. Em mais de 30 anos no setor, aprendi que os projetos mais potentes são os que nascem da soma — e não do ego. Os eventos mais impactantes que realizamos foram construídos a muitas mãos: com fornecedores que participam do conceito e não apenas da execução; com clientes que co-criam o percurso e não apenas validam a entrega; com uma equipe que se sente ouvida e parte do todo. Em um mercado cada vez mais exigente, a colaboração deixou de ser um valor intangível para se tornar uma estratégia de crescimento real.
Eventos, hoje, não refletem apenas marcas — eles refletem visões de mundo. São espelhos da cultura que as empresas desejam comunicar e, mais do que isso, construir. Quando colocamos inovação, ESG e colaboração no centro do processo, criamos experiências que não apenas emocionam, mas que mobilizam. Eventos que não apenas comunicam, mas que transformam. E, nesse cenário, não tenho dúvidas: o setor de eventos é, sim, um motor fundamental da nova economia.
Se queremos contribuir para um futuro mais sustentável, diverso e conectado, é preciso agir no presente com coragem, intenção e propósito. E os eventos são uma das ferramentas mais poderosas que temos para isso.