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Indústria gráfica e economia circular: estratégias de reaproveitamento

Foto: divulgação.

Por Thiago Leon Marti, head de branding, design e comunicação na Printi.

Com o avanço da tecnologia, em 2025, a indústria gráfica brasileira está passando por um período de transformação, com foco em personalização e soluções digitais.

De acordo com dados da Abigraf Nacional, esse mercado teve um crescimento de 7,8% na produção. Para que o setor continue evoluindo, após alguns anos de queda, é importante que as empresas se reinventem.

Assim, uma das principais estratégias a serem adotadas é o uso da economia circular, uma vez que até mesmo os consumidores e outras organizações estão buscando consumir serviços e produtos que estejam relacionados à preservação e meio ambiente.

Sendo um modelo econômico que visa reduzir o desperdício e maximizar a utilização de recursos, a economia circular propõe um ciclo de vida mais longo para os materiais, pois ela entra em contraste com o modelo linear tradicional que descarta após produzir, envolvendo a reparação, renovação e reciclagem.

Quando aplicada a indústria gráfica, o redesenho de produtos, a otimização do uso de recursos e a implementação de sistemas eficientes de reprocessamento de resíduos podem fazer toda a diferença não só para o ecossistema, mas também para a redução de custos.

Por sua vez, o design circular permite que o produto seja refeito, facilitando a desmontagem e a reciclagem, utilizando dessa forma materiais recicláveis e renováveis.

Assim, dar prioridade para o uso de papel reciclado e explorar alternativas de origem vegetal, como o bagaço de cana-de-açúcar para a produção, minimiza o desperdício, assim como tintas à base de soja.

Pensando além do processo de impressão, explorar a possibilidade de recondicionar ou remanufaturar máquinas e equipamentos gráficos usados, prolonga sua vida útil e reduz a necessidade de novos equipamentos.

Outro ponto que deve ser observado é a implementação da logística reversa. Trata-se de um sistema que tem como objetivo recolher produtos usados para reciclagem ou reutilização, fechando o ciclo de vida do objeto. Essa ferramenta foi criada para lidar com os impactos da produção do setor gráfico, tornando as empresas responsáveis por aquilo que comercializam.

Portanto, um negócio que aplica essa estratégia cria uma cadeia produtiva, evitando o descarte em aterros e lixões, gerando impacto ambiental negativo.

Além disso, dentre os diversos benefícios que a economia circular pode trazer para as indústrias, além da redução de gastos e de resíduos, estão a melhoria da imagem da empresa e o aumento da competitividade, uma vez que gera novas oportunidades e mantém o mercado em constante transformação.

Por isso, a tecnologia tem sido uma grande aliada quando se trata do impacto ambiental, justamente por acelerar processos e possibilitar alternativas para a execução.

Em suma, a economia circular na indústria gráfica desponta como uma via fértil para um amanhã mais ecológico, gerando diversas vantagens tanto no âmbito financeiro como para o meio ambiente.

Ao incorporar táticas de reutilização de insumos, as corporações podem diminuir despesas, aprimorar sua reputação, elevar sua capacidade de concorrência e colaborar para um futuro mais “verde”.

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