A Kamino, plataforma de gestão financeira para empresas de médio porte, acaba de anunciar uma nova rodada de investimentos de R$ 54 milhões.
A startup integra, em uma única solução, software de gestão, conta bancária e cartão corporativo próprios, conexões com todos os bancos e conciliação automática dos extratos das contas.
Com o aporte, busca se consolidar ainda mais no mercado, oferecendo ao CFO análises automáticas de desempenho e ferramentas para planejar e executar decisões financeiras com agilidade e precisão.
A captação foi coliderada pelos fundos globais Flourish Ventures e Quona Capital, referência em fintechs de alto impacto em mercados emergentes. Outro destaque da rodada é a entrada da Endeavor Catalyst, fundo de coinvestimento da rede global Endeavor, voltado ao apoio a empreendedores de alto impacto.
“Estamos construindo a principal plataforma financeira das médias empresas brasileiras. Já eliminamos grande parte do trabalho manual em contas a pagar e a receber, integramos dados de todos os bancos em tempo real e reduzimos desperdícios causados por fraude, pagamentos incorretos ou gestão ineficiente de cobranças — tudo com controle total do caixa em um só lugar. Agora damos o próximo passo: apoiar os CFOs com análises automáticas, previsões de fluxo de caixa e informações confiáveis para decisões rápidas e estratégicas”, afirma Gonzalo Parejo, CEO da Kamino.
De ferramenta para startups a plataforma central de médias empresas
Fundada em 2021, iniciou sua jornada atendendo startups e empresas early-stage. Com o tempo, percebeu que o problema de gestão financeira era ainda mais crítico em médias empresas, muitas vezes presas entre planilhas de Excel, internet banking e ERPs genéricos.
A virada estratégica aconteceu a partir da própria experiência dos fundadores, da escuta ativa de clientes e da constatação de um padrão recorrente: empresas de médio porte com alto volume de transações, processos financeiros manuais e times sobrecarregados.
“Entre soluções simples demais, pensadas para pequenos negócios, e ERPs tradicionais que fazem de tudo, mas falham na gestão financeira, havia um vazio: nenhum deles entregava visibilidade em tempo real, controle de caixa e agilidade para a tomada de decisão”, comenta.
O produto foi desenhado para atacar as dores centrais do time financeiro: captura automática de pagamentos, execução de lotes em segundos, conciliação em tempo real, emissão massiva de faturas, cobrança automatizada e gestão de despesas corporativas com cartões físicos e virtuais próprios. A inteligência artificial agregada permitiu acelerar processos, reduzir erros e apoiar decisões.
Setores como serviços financeiros, SaaS, food service, hospitalidade, agências, logística e saúde concentram a maior parte dessa demanda. O foco passou a ser empresas com grande volume de pagamentos e/ou recebimentos mensais, que buscam automação, controle e inteligência em uma única plataforma. Hoje, mais de 50% da base de clientes da startup é do setor de serviços, e a maioria já utiliza as soluções financeiras integradas ao software da Kamino.
Com a nova rodada, a Kamino dá início a uma nova etapa de produto, voltada especialmente para apoiar CFOs de médias empresas. A missão é ampliar os recursos que dão visibilidade ao time financeiro, desde analistas até a liderança, com alertas preditivos, dashboards em tempo real e integração total com pagamentos, recebimentos e conciliação.
“Nosso objetivo é ser a plataforma central do CFO e de sua equipe, comandando todo o fluxo de caixa e as informações financeiras da empresa. A partir dessa base, vamos alavancar IA para oferecer novos produtos de software e soluções financeiras que aumentem a eficiência e acelerem o crescimento”, comenta o CEO.
Além de automatizar rotinas operacionais, a empresa aposta no poder dos dados para orientar decisões estratégicas. Com 100% das informações financeiras trafegando pela plataforma, a Kamino já desenvolve recursos de inteligência artificial para reconhecimento de planilhas, conciliação de cartões e automação de regras financeiras. O próximo passo é gerar insights inteligentes para antecipar problemas de caixa, detectar anomalias e prever necessidades de capital.
“Estamos entrando em uma nova fase de crescimento e escala, construindo o sistema financeiro do futuro, baseado totalmente em dados e não mais em processos manuais. Queremos identificar padrões de comportamento financeiro e entregar inteligência na mão do CFO“, conclui.