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ETFs de IA: como investir em inteligência artificial sem apostar tudo em uma ação

Foto: gerado por IA

Por Felipe Bernardi Capistrano Diniz

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser apenas uma tendência tecnológica para se consolidar como um dos setores mais promissores do mercado financeiro. Empresas como Nvidia, Microsoft, Alphabet e Amazon estão entre as protagonistas, com bilionários investimentos em chips, softwares e serviços baseados em IA. O problema para o investidor individual é que apostar em uma única companhia pode ser arriscado, já que os preços das ações são voláteis e dependem de resultados trimestrais. É nesse contexto que os ETFs de IA se destacam como alternativa.

ETFs, ou fundos de índice, são instrumentos financeiros que reúnem várias ações em uma só cota, buscando replicar a performance de um setor, índice ou tema específico. No caso da inteligência artificial, já existem ETFs globais que incluem um portfólio diversificado de empresas ligadas ao segmento — desde fabricantes de semicondutores até companhias de software e plataformas de computação em nuvem. Assim, o investidor consegue exposição ampla ao setor sem precisar escolher individualmente quais ações comprar.

Outro ponto importante é a gestão de risco. A volatilidade é inerente ao mercado de tecnologia, especialmente em setores emergentes. Um ETF permite amortecer esse risco, já que uma eventual queda brusca em determinada ação tende a ser compensada por ganhos de outras empresas do índice. Isso torna o investimento em IA mais acessível até para investidores de perfil moderado, que buscam crescimento, mas não desejam estar expostos a riscos extremos.

No exterior, alguns exemplos de ETFs de IA já bem consolidados são o Global X Robotics & Artificial Intelligence ETF (BOTZ) e o iShares Robotics and Artificial Intelligence Multisector ETF (IRBO). Eles reúnem desde gigantes globais até companhias de médio porte especializadas em nichos estratégicos. No Brasil, embora ainda não haja ETFs exclusivamente de IA, investidores podem acessar esses fundos internacionais por meio de BDRs de ETFs ou plataformas que permitem investir diretamente em bolsas estrangeiras.

Além da diversificação, outra vantagem dos ETFs é o baixo custo operacional. Em vez de comprar várias ações separadamente, pagando taxas de corretagem e cuidando de rebalanceamentos, o investidor adquire uma única cota que já concentra uma carteira diversificada. Isso facilita a exposição a tendências globais de longo prazo, como a inteligência artificial, sem a necessidade de conhecimentos técnicos profundos sobre cada empresa do setor.

Em resumo, os ETFs de IA representam uma forma inteligente de participar do crescimento de uma das revoluções tecnológicas mais importantes do século. Eles permitem diversificação, diluição de riscos e acesso a empresas inovadoras que estão moldando o futuro. Para investidores interessados em tecnologia, mas preocupados com a volatilidade de apostar em ações individuais, os ETFs surgem como um caminho equilibrado, combinando potencial de valorização e proteção contra oscilações abruptas do mercado.

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Investidor com extenso track record na indústria de investimentos alternativos e operações estruturadas. Venture Partner da FIR Capital.

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