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Jovem transforma propósito em inovação e leva IA ambiental à COP30

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

A preocupação com o futuro do planeta tem mobilizado a juventude ao redor do mundo. De acordo com pesquisa realizada pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, em parceria com a PUC-Rio, mais de 92,5% dos adolescentes no Brasil entre 12 e 18 anos demonstram preocupação com as mudanças climáticas, com seu futuro e os impactos para as próximas gerações. O dado revela não apenas inquietação, mas também uma visão de futuro voltada para a transformação.

Esse é o caso de Catharina Santos Rapchan, jovem de 17 anos que inspirou o desenvolvimento de uma plataforma brasileira de inteligência artificial voltada ao monitoramento e à proteção ambiental em tempo real. O sistema, desenvolvido pela Local DC, será apresentado na COP30, em Belém (PA), como um exemplo de tecnologia aplicada à sustentabilidade e à preservação dos ecossistemas da Amazônia e da chamada “Amazônia Azul”.

A iniciativa nasceu da visão dela, estudante da Escola Americana de Campinas, que transformou sua preocupação com as mudanças climáticas em ação concreta. Sua proposta inspirou a criação do Aruanã.ai, uma plataforma que utiliza inteligência artificial para analisar imagens, sons e dados ambientais, detectando riscos de desmatamento, poluição ou desequilíbrio ecológico, e emitindo alertas preditivos capazes de auxiliar órgãos públicos e instituições ambientais na prevenção de desastres.

“Sempre acreditei que tecnologia e propósito poderiam caminhar juntos. Cresci aprendendo sobre preservação, sustentabilidade e o impacto das ações humanas sobre o meio ambiente. Por isso, agora vi uma oportunidade de usar o que temos de mais inovador para não apenas compreender o planeta, mas ajudar na sua preservação. Esse é o objetivo do Aruanã.ai”, comenta.

Após um ano e meio de desenvolvimento, já está sendo aplicado em cidades brasileiras como um projeto piloto. Além disso, a iniciativa tem gerado engajamento social ao permitir a participação de cidadãos, escolas e comunidades locais na validação de informações, ampliando o alcance da vigilância ambiental e fortalecendo a consciência coletiva sobre a importância da preservação.

Jovens como ela representam uma nova visão sobre o papel da juventude na transformação do planeta. Aliando tecnologia e propósito, a iniciativa brasileira idealizada pela adolescente prova que a nova geração não apenas se preocupa com o futuro, mas está engajada em ajudar a construí-lo.

“Acredito que juntos podemos nos engajar em transformar a preocupação com o futuro do planeta em ações reais para combater as mudanças climáticas. Na COP30, o maior evento global sobre o tema, poderemos mostrar que a minha geração se importa e está pronta para ajudar na construção de soluções para o meio ambiente”, finaliza. 

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