Por Rodrigo Manoel Maia, CFO especialista em publishing da Dot Lib Information Group.
Durante muito tempo, o diretor financeiro foi visto como o profissional responsável por planilhas, relatórios e controle de custos. Esse papel continua relevante, mas hoje representa apenas uma parcela da função.
O CFO moderno precisa atuar como estrategista de crescimento, participando ativamente das decisões que definem o futuro da empresa e influenciando o rumo de seus negócios.
A digitalização, a globalização, o advento da inteligência artificial que corroboram significativamente para as transformações no comportamento do consumidor, mudaram profundamente a forma de operar e competir.
O gestor financeiro precisa olhar além dos resultados passados, antecipar movimentos do mercado, traduzir números em decisões que gerem valor e ser coautor de estratégias corporativas.
Cabe a ele prever riscos, identificar oportunidades e contribuir para o crescimento sustentável em um ambiente cada vez mais dinâmico.
Na prática, isso significa unir a análise financeira à estratégia corporativa. Ao avaliar uma expansão internacional, por exemplo, o CFO deve compreender o cenário econômico local, as exigências legais, fiscais, a infraestrutura logística e a adequação do produto ao novo mercado.
Mais do que calcular custos, trata-se de avaliar a viabilidade e a sustentabilidade da operação a longo prazo.
A integração entre finanças e tecnologia tornou-se outro eixo fundamental dessa nova atuação. O uso de dados em tempo real, aliado a ferramentas de Business Intelligence, IA e sistemas de gestão integrados, permite decisões mais precisas e maior eficiência operacional.
Cruzar informações de diferentes áreas reduz erros, aumenta a agilidade e fortalece a capacidade analítica da companhia.
O CFO também tem papel essencial na disseminação de uma cultura financeira interna. Cada colaborador precisa entender como suas ações impactam o resultado final. Quando o propósito dos números é compreendido por todos, o engajamento e a eficiência crescem de forma consistente.
Sustentabilidade financeira não se resume a lucro. Envolve responsabilidade social, governança e transparência. O líder financeiro é chamado a equilibrar desempenho econômico com impacto positivo, reforçando a confiança de investidores, clientes e parceiros.
Em um mercado globalizado, o CFO deixou de ser apenas o guardião dos números. Tornou-se um agente de transformação e crescimento, capaz de alinhar estratégia, tecnologia e pessoas em torno de uma visão comum de futuro.