Pesquisar

Além da burocracia: como times de produto podem gerar resultados reais com metodologias de gestão?

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Líderes de tecnologia e produto já estão acostumados a ouvir sobre metodologias como OKRs e Team Topologies. A primeira ajuda a alinhar metas e medir resultados, enquanto o segundo termo significa a  organização de  times de tecnologia para colaborar melhor e entregar valor mais rápido.

Mas, na prática, o desafio não está em conhecer os frameworks, e sim em aplicá-los de forma que não se tornem apenas mais uma camada de burocracia. 

Um OKR bem escrito não é suficiente. O impacto está em quem define, acompanha e se engaja com os objetivos. Muitos times ainda vivem um ciclo desgastante, em que as metas são simplesmente cascateadas de cima para baixo, sem gerar conexão ou responsabilidade. O modelo de Team OKR, ao contrário, propõe que a liderança defina o norte estratégico, mas que sejam os próprios times, com autonomia e contexto, a elaborar seus objetivos“, afirma João Zanocelo, VP de produto e marketing e cofundador da BossaBox, consultoria referência no modelo de squads-as-a-service no Brasil.

O especialista lembra que muitas equipes enfrentam bloqueios não por falta de competência, mas por dependências criadas por um desenho organizacional inadequado:

Nesse sentido, ganha relevância o modelo BAPO, que defende o negócio (“B”) como ponto de partida para definir arquitetura (“A”), processos (“P”) e, por fim, organização (“O”). A reflexão é clara: as empresas estão estruturadas para maximizar o fluxo de valor para o cliente ou apenas para preservar o organograma?“.

A integração entre OKRs e Team Topologies torna-se essencial para equilibrar clareza estratégica e eficiência operacional.

Sem alinhamento, a autonomia pode resultar em esforços dispersos; e, sem uma estrutura adequada, metas bem definidas não saem do papel“, complementa o empreendedor.

Para superar esses desafios, ele elenca 5 pilares fundamentais: clareza de propósito, estrutura intencional, gestão de dependências, estabelecimento de um ritmo de alinhamento e a busca contínua por evolução:

Estratégia não vive em documentos, mas na prática diária dos times. O papel da liderança é construir pontes sólidas entre o ‘porquê’ estratégico e o ‘como’ organizacional, garantindo que cada peça do sistema esteja a serviço de gerar valor real para o cliente“.

Compartilhe

Leia também