A Indicator Capital, gestora early-stage de venture capital líder em deep-tech, anuncia o investimento de R$ 3 milhões na Doji, startup que conecta vendedores e compradores de celulares por meio de uma plataforma própria de Trade-In as a Service (TIAAS), em rodada pré-Série A.
Ao utilizar a Inteligência Artificial (IA) na avaliação e precificação de dispositivos, a solução simplifica operações complexas, aumenta a competitividade dos preços e reduz fraudes.
Presente no Brasil desde 2023, entrou no mercado para resolver a falta de conveniência e preços justos nos programas tradicionais de trade-in, combinando a tecnologia avançada com um modelo de negócios que incentiva toda a cadeia.
A startup atende a pequenos e grandes varejistas, permitindo que eles ofereçam programas personalizados de troca e venda. Operadoras de telefonia celular também são potenciais clientes para integrar o serviço.
“A operação da Doji promove um impacto ambiental significativo, ao evitar que muitos aparelhos acabem virando lixo tóxico. A startup tem papel essencial na promoção da economia circular, impedindo o acúmulo de resíduos prejudiciais ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que potencializa o valor econômico dos produtos”, analisa Thomas Bittar, cofundador da Indicator Capital.
A empresa também se destaca pela liderança do fundador e CEO, Fernando Montera Filho, que possui histórico de liderança de startups com aquisições de sucesso – Becommerce (adquirida pelo Mercado Livre) e Hubster (adquirida pela CloudKitchens).
“Nosso diferencial está no modelo de bidding (licitação) em tempo real, que maximiza o valor dos dispositivos. Com tecnologia proprietária de IA, automatizamos e aprimoramos todo o processo de avaliação e precificação, treinado com mais de 50 mil celulares já processados. Isso garante preços mais justos e confiáveis, reduz custos operacionais e acelera os pagamentos. Essencialmente, queremos que as pessoas enxerguem os celulares esquecidos em gavetas como aquele dinheiro encontrado no bolso de uma calça – e, para os varejistas, transformamos esse dinheiro em um novo meio de pagamento, que aumenta o poder de compra dos clientes e impulsiona suas vendas”, explica.
Foco na expansão e aprimoramento da tecnologia
O aporte será usado para expandir as equipes de vendas e produto, melhorar o recurso de trade-in online, investir em pesquisa e desenvolvimento de novas funcionalidades e fortalecer a operação logística, sustentando a trajetória até o breakeven.
Em um mercado de trade-in no qual apenas 10% dos celulares usados são revendidos, o potencial de crescimento é bastante significativo. Globalmente, a projeção é que alcance US$ 130 bilhões até 2030.
“Planejamos contribuir para a rápida internacionalização e operações cross-border, ajudando a empresa a explorar novos mercados além do Brasil. Além disso, mobilizaremos especialistas para lidar com desafios específicos de escalabilidade, incluindo logística, governança e expansão operacional, garantindo que a Doji esteja preparada para lidar com o aumento da demanda e consolidar sua posição de mercado”, explica Thomas Bittar.