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5 estratégias para transformar a segurança urbana no Brasil

Foto: Keletso Mphuthi/Pexels

Por Hilton Carvalho, gerente de pré-vendas da Hikvision.

Safe City ou Cidade Segura vem ganhando espaço no mundo e no Brasil. O termo refere-se a uma abordagem que busca integrar tecnologia, planejamento urbano, políticas públicas e engajamento comunitário para enfrentar os desafios relacionados à segurança urbana.

Nesse conceito, vários recursos podem ser implementados, como a instalação de equipamentos com tecnologia avançada, sensores inteligentes, análise de dados em tempo real e sistemas de vigilância, com estratégias de prevenção.

Em um país marcado por desafios socioeconômicos e uma realidade complexa, a busca por soluções inovadoras para promover a segurança e o bem-estar nas cidades tornou-se prioridade.

A resposta rápida e colaboração entre os diversos atores envolvidos, como governos locais, empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos é imprescindível para esse tipo de abordagem ser eficiente.

Veja 5 processos que podem ser desenvolvidos para melhorar a segurança urbana das cidades brasileiras.

1 – Safe Cities no contexto brasileiro

Para alcançarmos resultados acertados na segurança urbana do Brasil é preciso entender quais são as particularidades das cidades brasileiras e nossas necessidades.

Um exemplo concreto de cidade brasileira que implementou estratégias voltadas para sua própria realidade é São José dos Campos, em São Paulo.

O município do interior paulista adotou um amplo sistema de monitoramento com câmeras inteligentes, combinado com sensores integrados à infraestrutura urbana, como iluminação e semáforos. Os índices de roubo caíram em impressionantes 61%, demonstrando a eficácia das câmeras inteligentes na dissuasão de crimes e na identificação de suspeitos.

Além disso, o furto de veículos teve uma queda de 66%, graças à rápida detecção e resposta às situações suspeitas captadas pelas câmeras com inteligência embarcada.

2 – Investir em um sistema de monitoramento com câmeras inteligentes

Uma das inovações mais significativas dentro da abordagem de Safe Cities é o uso de câmeras com inteligência embarcada, que integram os conceitos de AIoT (Inteligência Artificial das Coisas) com processamento na borda.

As câmeras inteligentes são capazes de capturar, processar e analisar dados em tempo real, sem a necessidade de transferir o fluxo de vídeo dessas câmeras para data centers remotos realizarem o processamento.

Tal tratamento na borda permite a detecção e análise de eventos de forma instantânea, reduzindo a latência e aumentando a eficiência operacional. Essas câmeras utilizam algoritmos avançados de visão computacional e aprendizado de máquina para identificar e interpretar objetos, movimentos e comportamentos em tempo real.

As câmeras inteligentes podem detectar atividades suspeitas, como invasões, vandalismo, comportamento agressivo e até mesmo reconhecimento facial para identificação de pessoas procuradas pelas autoridades.

Vale destacar que o recurso de monitoramento com câmeras inteligentes permite que os projetos saiam de maneira mais econômica, como o processamento dos analíticos acontece na borda, embarcado, o processamento no centro não aumenta exponencialmente como no modelo tradicional.

Se uma prefeitura, por exemplo, começa o monitoramento com 40 câmeras de leitura de placa, ela pode facilmente escalar o projeto para 200 novas câmeras sem a necessidade de alterar a infraestrutura de processamento no centro, uma vez que a parte pesada está embarcada na borda.

3 – Instalação de câmeras com múltiplas lentes

Além das tecnologias de câmera com inteligência embarcada, outras inovações têm impulsionado os projetos de Safe City ao redor do mundo, incluindo o lançamento de câmeras com múltiplas lentes. Essas câmeras oferecem recursos avançados que permitem economia de link de dados, consumo de energia e infraestrutura, enquanto aumentam a eficiência operacional e a qualidade das informações capturadas.

Um exemplo notável são as câmeras speed dome com lente panorâmica fixa. Elas combinam uma lente panorâmica que cobre uma ampla área com uma câmera speed dome que oferece movimentação e zoom controlados.

Além do modelo citado, há outra opção eficiente, mas com custo menor, uma linha chamada TandemVu. Ao invés de ter duas câmeras instaladas em um local, há uma câmera só. Essa tecnologia possibilita uma economia em link de dados, infraestrutura de alimentação de energia e a integração entre as detecções na câmera Bullet com a Speed Dome.

Antes dessa linha, a integração de detecções dependia de um software centralizado que coordenava as detecções e o tracking na PTZ, o que acarretava em custo de licença de software para integração e o não funcionamento quando algum problema de conectividade acontecia.

4 – Sempre estar atento às novas tecnologias

A tecnologia de sistemas de segurança, câmeras e sistemas de monitoramento costuma mudar rapidamente, com isso os equipamentos tendem a ficar obsoletas depressa.

É fundamental que as autoridades e os responsáveis pela segurança urbana estejam atualizadas sobre as inovações disponíveis e se adaptem às mudanças.

5 – Engajamento entre comunidade e polícia

Mesmo com a tecnologia mais avançada para monitorar uma cidade, nada disso é eficiente se a população e a polícia não trabalharem em conjunto. É aconselhável a criação de programas de vizinha solidária, em que moradores de um bairro ajudam a monitorar as ruas e têm linha direta com a polícia local para fazer reclamações e denúncias de possíveis crimes, como arrombamentos de casas e depredação de patrimônio público ou roubo de carros. Envolver os cidadãos em iniciativas de proteção é promover um sistema de segurança inteligente.

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