No mês de novembro, precisamente em 19 de novembro, é celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino no Brasil, data que destaca o papel das mulheres empresárias e empreendedoras que hoje representam 10,3 milhões de pessoas, o que equivale a 34% dos empreendedores no país, segundo a última pesquisa realizada pelo Sebrae a partir de dados do IBGE.
Dentro do universo do empreendedorismo feminino, há um segmento que vem ganhando força nos últimos anos, as femtechs. As femtechs são startups ou empresas que usam a tecnologia para solucionar problemas relativos à saúde e bem-estar femininos, oferecendo maior controle sobre seus corpos e combatendo tabus. O conceito surgiu por meio da empreendedora dinamarquesa Ida Tin, fundadora e CEO de uma das primeiras femtechs do mundo, a Clue, uma plataforma de controle menstrual e ovulação.
Passados 10 anos, o mercado evoluiu e vem crescendo a cada dia, abrindo oportunidades para milhares de mulheres que desejam empreender e ajudar outras mulheres com produtos e serviços que resolvam as dores delas, tratando de menstruação à menopausa. Estima-se, conforme uma pesquisa da Frost e Sullivan, que até 2025 as femtechs movimentarão 50 bilhões de dólares ao redor do mundo.
Inseridas neste segmento estão as femtechs brasileiras Plenapausa e Herself. A Plenapausa é referência quando o assunto é menopausa, sendo a primeira femtech voltada para mulheres 40+, ou seja, que estão entrando no climatério e após na menopausa, oferecendo produtos e serviços para que elas possam aliviar os sintomas da menopausa com qualidade de vida. Por sua vez, a Herself desenvolve produtos absorventes para pessoas que menstruam, quebrando tabus sobre a menstruação e levando dignidade menstrual para muitas mulheres.
Desde o início das suas atividades, a Plenapausa já ouviu mais de 5 mil mulheres e os sintomas de desconforto relatados por elas durante a menopausa se mantém os mesmos.
“Como todo novo negócio, nós iniciamos a plataforma ouvindo o nosso público-alvo: mulheres na menopausa. Após a coleta dos relatos identificamos os cinco principais sintomas e, com isso, partimos para a fase de criação dos suplementos, buscando entregar em produtos soluções para aliviar e levar maior conforto para essas mulheres”, conta a fundadora e CEO da Plenapausa, Márcia Cunha.
Fundada por Raíssa Assmann Kist, vencedora do reality show da Netflix Ideias à Venda na categoria moda, a empresa tem planos de investir em branding e na expansão do e-commerce, principal canal de venda para a marca:
“A Herself se orgulha em dizer que é um negócio de impacto com tecnologia única para calcinhas e biquínis menstruais com produção 100% nacional, onde são brasileiras que criam inovação para trazer mais liberdade e conforto para outras mulheres durante o período menstrual. Sua atuação direta na produção e distribuição de produtos tecnológicos e inovadores, pensados para resolver problemas reais, já impactaram mais de 300 mil pessoas”.
Neste ano, inclusive, ela foi uma das finalistas do Prêmio Empreendedor Social da Folha de S. Paulo, com o projeto Revolucione o Seu Ciclo, desenvolvido nas penitenciárias brasileiras por meio da confecção de bioabsorventes, com a finalidade de proporcionar dignidade menstrual para as apenadas.