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Perspectivas para o futuro da IA Generativa

Foto: divulgação.

Por Rodrigo Costa, sócio-diretor & Head de Digital Business da Kron Digital.

O tema da inteligência artificial não sairá de pauta tão cedo no mundo da tecnologia e das empresas. Ao mesmo tempo, o ritmo acelerado das transformações digitais nos obriga a olhar dez passos adiante para não perder o timing da inovação. Por isso, seguir falando de IA Generativa significa acompanhar esse processo de evolução.

A inteligência artificial conversacional baseada em LLMs (Grandes Modelos de Linguagem) esteve em todas as listas de tendências de tecnologia para 2024. Foi, sem dúvida, o principal assunto do ano passado e seguirá sendo nos próximos. Porém, já podemos dizer que como ferramenta, a inteligência artificial já está mais para uma realidade presente no dia a dia de muitas atividades do que uma promessa. É por isso que acredito que seja o momento de nos aprofundarmos um pouco mais e começar a listar quais seriam as perspectivas de futuro especificamente para esta inovação.

A primeira coisa a ser considerada é que toda surpresa vista ano passado com as realizações dessa tecnologia em breve será uma sombra perto do que ainda está por vir. Basta ver os valores na casa dos bilhões que big techs como Google, Microsoft e Meta estão investindo no desenvolvimento de recursos avançados de IA. Podemos esperar, portanto, muito mais inovação e impactos profundos na sociedade muito em breve.

Um exemplo disso é a nova categoria de profissionais de TI que vem se destacando e deve crescer muito mais nos próximos anos. Trata-se dos Engenheiros de Prompt, responsáveis por treinar modelos de inteligência artificial desenvolvendo e testando prompts de modo a refinar as respostas, tornando-as mais precisas e inteligentes. Claro que esta descrição é uma simplificação de um trabalho extremamente complexo, mas este tipo de habilidade estará cada vez mais em alta no mercado.

A IA incorporada a aplicativos e dispositivos também faz parte de uma tendência que já começa a se consolidar. A Microsoft, por exemplo, já disponibiliza sua solução de inteligência artificial incorporada às ferramentas do Microsoft 365. Chamada de Copilot, atua como um assistente integrado a aplicações como Word, Excel, Power Point e Outlook, impulsionando a produtividade por meio da automação de tarefas básicas como criar tópicos para uma apresentação, resumir e contextualizar um grande volume de e-mails trocados ou criar o rascunho para um texto.

Em breve também veremos a transição da IA generativa baseada em texto para modelos multimodais de linguagem, incluído fala, imagens e vídeos, que poderão ser utilizados de modo contextualizado. Em uma reunião por vídeo, por exemplo, a IA poderá transcrever a conversa ao mesmo tempo que busca a analisa documentos citados, gerando respostas e sugestões que contribuam para a conversa e levando em conta até mesmo as expressões faciais dos participantes.

Tanta inovação e diferentes formas de aplicar a IA nas mais diversas situações leva naturalmente a outra tendência: o debate sobre questões éticas e uso responsável desta tecnologia. Cada vez mais organizações, governos e sociedade irão debater e buscar maneiras de garantir o uso correto de uma ferramenta tão poderosa. Aspectos como reprodução de vieses preconceituosos ou discriminatórios, privacidade de dados e transparência ganharão muito relevância nos próximos anos.

Como muito se tem dito, estamos em plena transformação, em um momento de quebra de paradigmas e a velocidade com que as coisas estão acontecendo tem surpreendido até mesmo quem acompanha o a evolução digital desde o começo. A inteligência artificial chegou de vez em nossas vidas e as empresas devem seguir atentas para acompanhar esse ritmo de inovação.

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