Por Raphael Augusto Perillo, Daniela Dias e Diego Neves Calixto, do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Dentro do ambiente corporativo é comum encontrarmos diversos riscos ao longo do dia-a-dia, independentemente da área de atuação da organização envolvida, pois nenhuma atividade está isenta de riscos.
Essa variedade de ameaças podem impactar negativamente a organização, afetando sua reputação e, consequentemente, sua receita.
Uma das maneiras de mitigar possíveis cenários adversos é o mapeamento dos negócios por meio da matriz de risco.
Para isso é necessário mergulhar em todas as atividades que a organização realiza, entrevistar colaboradores diretamente envolvidos nos procedimentos existentes, analisar a probabilidade de ocorrência da potencial ameaça detectada e o impacto para a organização, caso se concretize.
Vale destacar que a matriz de risco não apenas auxilia na identificação dos riscos existentes, mas facilita a detecção de perigos emergentes. Com uma análise contínua e atualizada, as organizações podem ficar atentas a novas ameaças que podem surgir devido às mudanças no ambiente interno ou externo.
Neste ponto é importante esclarecer que a probabilidade refere-se à medida do quão factível é a ocorrência do risco, enquanto o impacto é quantificado por meio de possíveis prejuízos e danos. Todo o processo de criação e estabilização da matriz é regido por regras e diretrizes específicas.
Para melhor visualizar o impacto e a probabilidade de determinado risco e suas potenciais variações, o mapa de calor e a pontuação são ferramentas valiosas no processo de análise, fornecendo uma representação visual e uma avaliação quantitativa dos riscos enfrentados por uma organização.
Essa pontuação é de extrema importância, pois é por meio dela que o gestor consegue priorizar os riscos identificados como relevantes.
Ao utilizar uma matriz de risco os gestores têm acesso a dados concretos sobre as ameaças enfrentadas pela organização, permitindo uma tomada de decisão mais informada e embasada, em vez de depender apenas de intuições ou suposições.
A análise deve ser contínua e cíclica, pois a probabilidade e o impacto estão sujeitos a mudanças ao longo do tempo.
Além disso, com a identificação e classificação dos riscos, as organizações podem desenvolver planos de contingência mais eficazes.
Esse planejamento ajuda a minimizar os impactos negativos caso um risco se concretize, garantindo a continuidade das operações com o mínimo de interrupções, e o fator tempo é determinante neste processo.
A matriz de risco também facilita a comunicação entre diferentes partes interessadas, como funcionários, conselheiros e parceiros comerciais, pois ao visualizar os riscos de forma clara e objetiva, as organizações podem promover uma cultura de transparência e responsabilidade em relação à gestão de riscos.
Ao implementar este processo de forma eficaz, as organizações promovem uma cultura de gestão de riscos em todos os níveis, deixando todos os funcionários cientes das ameaças relevantes e incentivando-os a tomar medidas proativas para mitigá-las, atuando de maneira mais segura e reduzindo custos ao eliminar pontos de ineficiência, o que, por consequência, aumenta a produtividade.