Por Rafael Calliet, CEO da Oystr.
Nos últimos anos, o RPA (Automação Robótica de Processos) tem se mostrado uma ferramenta poderosa para escritórios jurídicos que buscam ampliar sua eficiência e, consequentemente, seu faturamento. Através da automação, a integração de robôs em operações jurídicas culmina em liberar o trabalho dos advogados para concentração em atividades que envolvam estratégias e atendimento.
Quando paramos para analisar os pilares de uma empresa, é justamente a performance de seu serviço, sua comunicação com o cliente e sua eficiência que agregam valores e diferenciais competitivos que não só fidelizam clientes como também potencializam o crescimento e os resultados corporativos. Os escritórios jurídicos, sendo empresas, também precisam fazer parte dessa lista.
Afinal, como a automação ajuda os escritórios?
Não é novidade que a rotina jurídica contempla inúmeras administrativas e operacionais que, embora essenciais, não agrega valor ao cliente. Com a presença de RPAs, essas operações podem finalmente se tornar inteligentes, contando apenas com o monitoramento para a garantia de que está performando conforme deveria, de forma atualizada.
Uma pesquisa da EY e BotiCity sobre RPA na América Latina abre espaço para compreendermos este cenário. Segundo o relatório de 2023, o principal objetivo das iniciativas envolvendo os robôs é liberar as pessoas para atividades mais estratégicas (50%) e obter mais produtividade (26%). Entre as prioridades para a iniciativa da automação também está a melhora na escalabilidade dos negócios.
Como exemplo no meio jurídico, vamos pensar na automação da organização e arquivamento de documentos que podem gerar de forma eficiente contratos e petições, otimizando o tempo gastos e a margem de erros.
Além disso, o RPA pode ser programado para realizar verificações de conformidade automaticamente, garantindo que os processos e os planejamentos dos advogados sobre os casos estão conforme a lei mais atualizada.
Todas essas automações não apenas agilizam o workflow jurídico como também resultam em uma redução significativa de custos operacionais, permitindo que os escritórios aumentem a produtividade ao mesmo tempo em que reduzem seus recursos e geram impactos positivos para o faturamento da empresa.
As oportunidades para um faturamento maior
A expertise dos advogados é necessária em análise de casos, elaboração de estratégias e interação com os clientes e já entendemos até aqui que essa produtividade é altamente ampliada com o uso de RPAs para tocar demais atividades manuais e que seguem regras bem definidas.
Proporcionado este foco em estratégias, a gestão dos escritórios é aprimorada e advogados conseguem oferecer um atendimento mais qualificado aos clientes, aumentando a satisfação e, consequentemente, as chances de fidelização e indicação de novos negócios.
Este fato, em adição ao ganho em eficiência operacional que possibilita aos escritórios atenderem a um número maior de demandas em menos tempo, torna todo o trabalho mais capacitado. Sem a necessidade de expandir proporcionalmente o quadro de funcionários, a integração de robôs representa um impacto direto no faturamento, escalando os serviços jurídicos de forma sustentável.
Portanto, se os escritórios de advocacia estão procurando por aumento na rentabilidade de suas atividades sem aumentar excessivamente os custos, a aposta em RPAs voltados para a performance jurídica é a mais ideal.
Ultrapassando a questão de modernização, os robôs agregam valores maiores do que uma lucratividade maior, mas que também estão diretamente ligados, quando pensamos na competividade. Isso porque o RPA oferece um caminho claro para a potencialização do faturamento, melhorando também a qualidade do serviço como um todo.
Sendo um diferencial, esse tipo de digitalização jurídica abre novas oportunidades de crescimento e inovação para um setor que é naturalmente preso tecnologicamente, mas que vem se abrindo para o universo digital em busca de valorizar e transformar seus processos.