O processo de escolha de um sucessor é um dos momentos mais críticos e importantes na vida de uma empresa. Marcus Marques, CEO do Grupo Acelerador, relata que o empresário que se encontra à frente do negócio tem a responsabilidade de garantir que o legado construído seja preservado e impulsionado pelas próximas gerações.
A transição de liderança é adiada por empresários que se sentem insubstituíveis ou temem que haja instabilidade no negócio. No entanto, postergar essa decisão pode ser uma escolha discutível.
A experiência recente do presidente Joe Biden é um exemplo de como um sucessor preparado pode impactar a percepção de continuidade. Embora ele seja uma figura de grande importância, a discussão em torno de sua sucessão ressalta a necessidade de líderes mais jovens e preparados para enfrentar os desafios futuros e a crescente concorrência, um exemplo disso é a vice-presidente Kamala Harris.
Da mesma forma, no mundo dos negócios, é preciso reconhecer o momento certo para sair de cena e permitir que novos líderes assumam o comando com energia renovada.
Esse processo, além de revigorar a empresa, introduz novas ideias e perspectivas.
“Preparar um sucessor de forma cuidadosa e assertiva, com tempo suficiente, é essencial para manter a vitalidade do negócio e garantir que ele continue a se destacar e crescer no mercado. Essa transição é um passo fundamental para o sucesso contínuo”.
A hora de passar o bastão
A decisão de passar o bastão deve ser tomada com planejamento, análise e cuidado. Jamais de forma apressada. Não se trata de uma escolha pessoal, mas de um processo estratégico que envolve o futuro da empresa.
Um bom sucessor precisa ser identificado e treinado com antecedência, garantindo que ele esteja pronto para assumir quando chegar o momento certo.
“Preparar esse gestor não é um sinal de fraqueza, mas de visão estratégica e responsabilidade com o futuro da empresa, que deve ser estruturada com processos, etapas e candidatos de confiança, pois o lado humano, como líder e técnico precisam estar em equilíbrio”.
Eleger um sucessor envolve avaliar habilidades, competências, alinhamento com os valores da empresa e a capacidade de enfrentar os desafios do mercado.
“Deve ser alguém bem preparado, que conheça a fundo a empresa, seus processos, história, valores e sua cultura, estando pronto para tomar decisões assertivas e continuar o legado”.
Importância ter um sucessor preparado
A preparação de um sucessor é um investimento que deve ser levado em consideração. É necessário desenvolver competências técnicas e comportamentais, oferecer oportunidades de aprendizado e envolvimento em decisões estratégicas, e proporcionar mentoria e feedback constantes.
Dessa forma, ele traz segurança e confiança para todos os envolvidos na empresa, desde os colaboradores até os gestores e clientes.
“Trata-se de uma grande chance para que a empresa continue crescendo e se adaptando às mudanças do mercado, mantendo-se competitiva e inovadora”.
Ter um plano de sucessão claro e detalhado contribui para a estabilidade da empresa. Além de minimizar os riscos de transição, garante que tudo se mantenha sempre à frente, afinal um líder capacitado e alinhado com os objetivos estratégicos do negócio e daquele ramo. Assim, é possível atravessar períodos de mudança com menos turbulência, podendo inclusive enxergar novas possibilidades e mercados de crescimento.
“Encorajo todos os empresários a refletirem sobre o futuro de suas empresas e a importância de preparar um sucessor. Esse é um ato de responsabilidade e visão estratégica que beneficiará o negócio e todos os que dele dependem. É um grande passo para o crescimento a longo prazo da empresa”, conclui.