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Nu, P3 e a nova onda de minimalismo no branding das fintechs

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Foto: divulgação.

Por Eduarda Camargo, Chief Growth Officer e responsável pela aquisição e receita de novos clientes na fintech P3.

Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência marcante no mercado de branding: a simplificação dos logotipos. Marcas icônicas, como o Nubank, que agora se apresenta como “Nu”, e fintechs como a Portão 3, que adotou a versão simplificada “P3”, estão aderindo a esse movimento. Esse fenômeno, que reflete um movimento global, está se tornando cada vez mais comum no Brasil, onde o mercado digital cresce a passos largos. Um levantamento recente da Abranet revela que já existem 1.592 fintechs ativas no país, competindo por espaço e relevância no cenário financeiro.

A principal razão para essa simplificação é a busca por uma comunicação mais ágil e direta. No atual cenário digital, onde a atenção do consumidor é disputada a cada segundo, menos é mais. Empresas que querem se conectar com seu público de maneira eficaz precisam transmitir sua mensagem de forma rápida e sem distrações. O exemplo do Nubank, que reduziu sua marca para “Nu”, ilustra essa mudança, criando uma identidade que reflete modernidade, descomplicação e acessibilidade – valores centrais para a empresa.

No caso da P3, a simplificação do nome reflete sua estratégia de eficiência e praticidade, elementos fundamentais para seu público-alvo: gestores de tráfego pago e financeiros, que prezam por agilidade e clareza. Ao adotar a sigla “P3”, a fintech se alinha à necessidade de ser facilmente reconhecida e lembrada, especialmente em um mercado saturado de concorrentes. O nome mais curto também reforça o compromisso da empresa com a inovação, um ponto crucial para uma plataforma de gestão de pagamentos que oferece soluções de múltiplos cartões corporativos.

A escalabilidade é outro fator que impulsiona essa tendência. Em um mundo cada vez mais digital, logotipos e identidades visuais precisam funcionar bem em diferentes tamanhos de tela e dispositivos. Um nome curto e um design minimalista garantem que a marca seja facilmente adaptável, seja em ícones de aplicativos ou em assinaturas de e-mails. Para fintechs como a P3, que lidam com uma base de clientes crescente e diversa, essa adaptabilidade é fundamental para manter uma presença visual consistente em todas as plataformas.

Além disso, há um impacto psicológico importante por trás dessa simplificação. Nomes curtos transmitem uma sensação de modernidade, eficiência e inovação. Ao abreviar seus nomes, essas empresas estão reforçando a ideia de que suas soluções são simples de usar, descomplicadas e acessíveis. Para a P3, isso significa reafirmar sua proposta de valor: ajudar empresas a otimizar seus processos financeiros de maneira intuitiva, permitindo que gestores ganhem mais autonomia e controle sobre suas despesas.

Essa tendência também reflete uma mudança na forma como as marcas querem ser percebidas. Antigamente, nomes longos e robustos eram sinônimos de tradição e seriedade. Hoje, no entanto, o foco está na conexão emocional e na agilidade. Ao simplificar seu nome, a P3 se posiciona como uma fintech moderna, ágil e capaz de entender o dinamismo da vida corporativa, especialmente em um ambiente altamente competitivo como o brasileiro.

Portanto, a simplificação dos logotipos e nomes de marcas não é apenas uma tendência estética; é uma estratégia consciente para se destacar em mercados saturados e exigentes, como o de fintechs. Com o crescimento acelerado do setor no Brasil, adotar uma identidade visual minimalista permite não apenas maior praticidade, mas também a oportunidade de reforçar os valores centrais de inovação e eficiência que as empresas como a P3 defendem. Afinal, no mundo dos negócios, menos pode, de fato, ser muito mais.

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