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Erros comuns no go-to-market: como evitar armadilhas e maximizar o impacto do lançamento

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Foto: divulgação.

Por Adalberto Generoso, cofundador e CEO da Yapoli.

O processo de go-to-market (GTM) exige uma coordenação minuciosa entre várias áreas da empresa, que precisam alinhar as ações para garantir uma execução fluida, desde o desenvolvimento do produto até a chegada ao consumidor final. Mas a comunicação entre os departamentos de produto, marketing, trade marketing, canais de distribuição e equipes digitais é um dos principais desafios, especialmente em um cenário que combina canais digitais e físicos.

E o nível de complexidade aumenta significativamente quando consideramos o número de pessoas envolvidas, que muitas vezes passam de milhares de profissionais. E cada um deles desempenha um papel crítico em garantir que o produto chegue ao mercado no prazo certo e com a campanha adequada. A mínima falha, seja no alinhamento entre equipes ou no cumprimento dos prazos, pode resultar em estoques parados, perdas financeiras e até problemas jurídicos.

Além disso, o advento de plataformas digitais, e-commerces próprios (modelo D2C direct-to-consumer) e marketplaces aumentam a necessidade de coordenação entre áreas. Essa multiplicidade de canais de venda e comunicação, aliada a prazos apertados e uma execução que pode envolver milhares de colaboradores, torna o GTM um processo altamente complexo, onde o sucesso depende da perfeita sincronia entre todas as áreas envolvidas.

Com toda essa complexidade, há inúmeras chances para erros que podem comprometer o sucesso do lançamento de um produto. Desde falhas na comunicação entre as equipes até problemas na execução de campanhas, esses lapsos podem resultar em perdas significativas de receita e impacto de marca. Para evitar essas armadilhas e maximizar os resultados, é essencial identificar e corrigir os principais problemas que surgem nesse processo, que são:

  • Falha na coordenação entre equipes

A falta de coordenação entre as áreas envolvidas no go-to-market é um erro frequente, com efeitos em cascata. A comunicação entre produto, marketing, trade marketing e distribuição precisa ser rigorosa. Sem alinhamento, pode haver desde atrasos no lançamento até o uso incorreto de materiais de campanha. Por exemplo, se o marketing prepara campanhas para uma data e o produto não está disponível nas lojas, o investimento em mídia é desperdiçado e a expectativa do consumidor não é atendida, prejudicando a marca.

Outro ponto crítico nesse sentido é a troca de informações. Imagine que a equipe de produto altere uma especificação técnica, mas essa mudança não seja comunicada ao marketing. Isso pode resultar na criação de peças publicitárias incorretas, levando à necessidade de refazer campanhas e aumentar os custos. A solução para esses problemas inclui a centralização de informações e o uso de ferramentas que integrem as áreas, permitindo visibilidade e atualizações em tempo real, além de um fluxo de trabalho mais eficiente.

  •  Execução fora do prazo

A execução fora dos prazos é um erro com consequências graves, especialmente em campanhas que envolvem grandes investimentos, como as que utilizam celebridades e influenciadores. Um exemplo clássico é uma marca que contrata um influenciador para um lançamento específico, com data marcada, e, por algum atraso no cronograma, o produto não está disponível no mercado quando a campanha é ativada. Isso gera não só perda financeira direta, mas também afeta a percepção do público sobre a marca, que parece desorganizada ou incapaz de cumprir suas promessas.

Além disso, a quebra de prazos pode acarretar problemas jurídicos, já que muitos contratos de marketing têm cláusulas rigorosas sobre datas de execução e compensações financeiras em caso de descumprimento. As empresas precisam não só de um planejamento meticuloso, mas também de ferramentas que monitorem cada etapa do processo, antecipem imprevistos e ajudem a garantir que tudo seja feito dentro dos prazos estabelecidos.

  •  Problemas de compliance e regulamentação

Erros de compliance podem ser devastadores para uma empresa, especialmente em setores altamente regulados como o alimentício, farmacêutico e de cosméticos. A ausência de selos regulatórios ou a falta de informações exigidas por órgãos de controle como a ANVISA pode levar à retirada de produtos das prateleiras, além de multas pesadas e danos à reputação da marca.

Por exemplo, no setor de alimentos, se um produto chega às prateleiras sem o selo que identifica ingredientes ultraprocessados ou informações nutricionais corretas, ele pode ser recolhido, gerando perda de estoque e interrupção das vendas. Garantir a conformidade com todas as regulamentações, desde a fase de produção até o lançamento no mercado, é crucial.

Gestão de ativos digitais, a melhor aliada do go-to-market

Para evitar esses erros e otimizar o processo de go-to-market, a gestão de ativos digitais se apresenta não apenas como uma solução técnica, mas um pilar estratégico fundamental para garantir o sucesso de todo o processo.

Ao centralizar e organizar materiais, o DAM (Digital Asset Management) permite que as empresas superem desafios complexos, como falhas de comunicação, atrasos críticos e problemas de compliance. Ao garantir que todos os materiais estejam sempre acessíveis, atualizados e em conformidade com as exigências regulatórias, o DAM oferece eficiência, segurança e precisão em cada etapa do lançamento.

As empresas que adotam essa solução não apenas evitam erros, mas transformam sua capacidade de execução, como no caso de Vulcabras, Granado, Salon Line e Havaianas. Organizações que investiram nessa tecnologia viram o tempo de lançamento de produtos ser reduzido de 45 dias para 4 horas, impactando diretamente a velocidade e qualidade de suas campanhas. O DAM, portanto, não só protege contra riscos, mas também permite que as marcas se movam com agilidade e confiança em mercados cada vez mais competitivos.

Com isso, a a adoção de plataformas robustas de gestão de ativos digitais, o go-to-market se torna um processo mais integrado, colaborativo e estratégico, garantindo que as marcas estejam sempre prontas para lançar seus produtos de maneira eficiente, precisa e dentro dos prazos. O resultado final? Um impacto mais forte no mercado e um ciclo de lançamento que reflete inovação e excelência operacional.

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