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3 problemas e soluções para atingir o ponto de equilíbrio nos negócios

Guto Fragoso, cofundador e CFO da Kamino
Foto: divulgação

O ponto de equilíbrio, ou breakeven, é fundamental para a sustentabilidade financeira de qualquer empresa. Desejado por gestores, ele representa o momento em que as receitas igualam os custos, indicando que os negócios não estão operando nem com lucro nem com prejuízo.

Por esse motivo, compreender e monitorar esse indicador é essencial para garantir a viabilidade econômica e a saúde financeira do negócio. Especialmente com a tecnologia, uma importante ferramenta e facilitador da coleta e da análise de dados.

Em um cenário em que dados da Gartner indicam desafios para os CFOs em liderar transformações e melhorar métricas financeiras, é crucial que gestores estejam atentos aos sinais para garantir a preservação de seus empreendimentos.

Para Guto Fragoso, CFO da Kamino, software de gestão financeira com banco integrado para empresas, um dos principais obstáculos para atingir o breakeven é a falta de uma visão clara e unificada das finanças.

“Empresas, especialmente as que possuem múltiplos CNPJs, frequentemente têm dificuldades em consolidar suas finanças em uma única plataforma. Com a tecnologia, especialmente com os softwares de gestão, é possível visualizar de forma centralizada todas as receitas, despesas e investimentos em um único painel. Isso permite uma análise mais precisa dos custos fixos e variáveis, facilitando a identificação de oportunidades para reduzir gastos desnecessários e otimizar o fluxo de caixa”.

A seguir, ele destaca os 3 sinais que podem indicar que um negócio ainda não chegou ao breakeven e como solucioná-los. Confira!

1. Projeções e expansão equivocadas

Fazer projeções excessivamente otimistas de receita pode levar a decisões de expansão antes do tempo certo. Por exemplo, gastar grandes quantias em softwares, plataformas tecnológicas ou novas instalações com base em otimismo pode resultar em recursos ociosos e custo fixo elevado.

Por isso, é essencial revisar as projeções financeiras trimestralmente e só expandir após um crescimento de receita consistente por 2-3 trimestres consecutivos.

Nesse mesmo cenário, sem precisão, contratar mais vendedores ou colaboradores, pode gerar despesas altas e dificuldade para cortar o custo rapidamente – especialmente se a receita projetada não se concretizar.

“Aumentar o número de colaboradores sem uma base de demandas concretas pode resultar em custos elevados e baixa produtividade. É preciso que gestores, amarrem novas contratações ao atingimento de metas financeiras e ajustem os números conforme a execução dos projetos e a necessidade real”.

2. Investimento exagerado em marketing

Aumentar o orçamento de marketing com a expectativa de um crescimento acelerado pode ser perigoso, especialmente, sem validar premissas de mercado, levando a investimentos sem retornos. Com isso, é essencial a realização de campanhas testes.

Ainda, criar planos rígidos de marketing que não permitam ajustes conforme os resultados reais também gera despesas desnecessárias.

Por exemplo, investir todo o orçamento no início do ano, sem a possibilidade de realocação, e descobrir que o custo de aquisição do cliente está mais alto do que o esperado. Gestores precisam adotar um planejamento financeiro com etapas de revisão periódica (mensal ou trimestral), permitindo ajustes conforme o desempenho e as necessidades do mercado.

3. Falta de visibilidade das finanças

As projeções são essenciais para a saúde financeira de um negócio.

“Softwares de gestão financeira, como o da Kamino, já oferecem funcionalidades que automatizam processos de pagamento, como a possibilidade de pagar fornecedores em lote em menos de um minuto e a captura automática de dados de pagamentos. Isso não só agiliza o processo como também reduz erros manuais, contribuindo para um controle de despesas mais eficiente e previsível. Ainda, com relatórios detalhados empresas podem projetar seus resultados futuros, com base em dados históricos e padrões de comportamento. Isso possibilita maior previsibilidade no planejamento de quando a empresa poderá atingir o breakeven, permitindo ajustes estratégicos no momento certo para acelerar esse processo”.

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