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7 mulheres que fomentam o empreendedorismo feminino

Foto: rh2010/AdobeStock

Dados do Monitor Global de Empreendedorismo (GEM) indicam que 54,6% dos 47,7 milhões de brasileiros com intenção de empreender até 2026 são mulheres.

Este ano, o Sebrae revelou que, dos 30 milhões de empreendedores no país, mais de 10 milhões são do público feminino liderando seus próprios negócios

Para ajudar a melhorar esses índices, o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino é celebrado em 19 de novembro. Criado pela ONU em 2014, a data tem como objetivo  incentivar a participação feminina nos negócios e nas lideranças ao redor do mundo.

Em sintonia com  esses objetivos, mulheres de diferentes setores  vêm promovendo  a representatividade feminina e fomentando o crescimento de outras empreendedoras de diversas formas: investimento, mentoria, consultorias, e outras ações.

Conheça abaixo 7 executivas que inspiram e fortalecem a presença feminina no mercado. 

  1. Italli Collini, diretora da Potencia Ventures e investidora-anjo

Itali Collini é formada em economia pela USP e possui 10 anos de mercado financeiro em sua bagagem profissional. Como investidora de Venture Capital e diretora da Potencia Ventures, grupo de investimentos voltados para negócios de impacto social, seleciona startups com foco em educação ou empregabilidade para receber investimento em rodadas Semente (Seed) e Série A (Series A). Além disso, atua como investidora anjo e como mentora e educadora de novos negócios. A executiva tem a missão de olhar para empresas lideradas por mulheres, já que conhece as dificuldades da conquista de investimentos para este público. 

Há uma falta enorme de representatividade feminina no ramo dos investimentos. É necessário que os tomadores de decisão na área entendam as diferentes barreiras que as fundadoras enfrentam na jornada empreendedora e construam caminhos para se aproximar e investir em mais startups fundadas por este público, aumentando a representatividade delas no seu portfólio. Além disso, é importante que os fundos se esforcem para compor um time com investidoras. Assim, podemos diminuir a lacuna de financiamento enfrentada por elas e promover maior equidade de gênero no ecossistema empresarial”, destaca.

  1. Laís Macedo, presidente do Future Is Now

Laís Macedo é presidente do Future Is Now, grupo de networking voltado para líderes que protagonizam a nova economia, conselheiras do CJE (Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP), mentora do IFTL (Instituto de Formação em Tecnologia e Liderança) e embaixadora do Sweet Club (business club de grandes líderes empresariais). Com uma ampla e qualificada rede de networking, acredita no poder das conexões, das relações humanas e de uma rede bem consolidada. Palestra, escreve e assessora projetos dentro dessa temática. A profissional acredita que o networking é fundamental na construção das carreiras profissionais, garantindo um mundo mais conectado, colaborativo, próspero, plural e sustentável. Entretanto, alguns entraves de gênero impedem que as mulheres avancem e criem conexões profundas:

Hoje, temos um sistema melhor do que tínhamos há anos, mas ainda não chegamos no modelo ideal que trará a verdadeira presença feminina no mercado de trabalho. Por isso, é importante aumentar cada vez mais essa representatividade para inspirar outras profissionais a assumir cargos de liderança e também apoiar empreendedoras nessa jornada. O que nos trouxe até aqui como sociedade e mercado não nos levará adiante. Para avançar, precisamos de novas abordagens e lideranças inclusivas. E é exatamente isso que buscamos com o Future Is Now”.

  1. Raquel Sodré, CEO e sócia da Noz Comunidades 

Raquel Sodré é CEO e sócia da Noz Comunidades. Criada em 2018 dentro da Ioasys, a Noz é uma plataforma que conecta marcas e seus públicos em um espaço interativo, promovendo o engajamento e o relacionamento por meio de conteúdos direcionados, treinamentos e um sistema de recompensas robusto baseado na gamificação de várias frentes. Com uma sólida experiência empreendedora, especialmente em projetos de inovação e negócios de impacto, a executiva acumula mais de 15 anos de carreira, e construiu projetos de transformação digital em empresas como XP Educação (XP Investimentos), Feira da Moda Inverno e a CleanTech Polen (empresa de tecnologia para soluções de sustentabilidade). Aos 29 anos, atua como conselheira da ONG Nação Valquírias e defende a construção de narrativas próximas entre marcas e seus ecossistemas, como a evolução do marketing atrelado às vendas, promovendo conexões autênticas e significativas com clientes e parceiros. 

  1. Ana Carolina, CO-CEO do Compre & Alugue Agora (CAA)

Ana Carolina, é CO-CEO do Compre & Alugue Agora (CAA), startup que conecta profissionais do setor com quem está buscando comprar, vender ou alugar imóveis. Bacharel em Direito pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), a executiva também é especialista em Marketing Digital, Branding, Cultural Hacks – para gestão de pessoas, Diversidade e Inclusão e Direito da Mulher. Seu conhecimento do mercado imobiliário veio por meio do acompanhamento do trabalho da sua família, que sempre atuou na área. Foi então que, em 2021, iniciou sua carreira no Compre & Alugue Agora como COO (Chief Operating Officer) – atuando também no desenvolvimento de projetos. O histórico de empreendedorismo da sua família a inspirou a trilhar seu próprio caminho com a criação da Artêmia Co, uma agência cuja missão é reformular a percepção da indústria publicitária, promovendo um ambiente de trabalho mais humano e responsável que enaltece o feminino. A partir da agência, ela atua junto ao time de marketing dentro do Compre & Alugue Agora, além de atender outros clientes.

Acredito que fomentar o empreendedorismo feminino é mais do que abrir portas; é criar espaços onde as vozes de mulheres possam ecoar de forma genuína e influente. Meu objetivo é inspirar outras mulheres a enxergarem suas ideias como pontes para um futuro mais inclusivo e inovador”, complementa.

6) Rafa Cavalcanti, CEO e fundadora da CloQ

Rafa Cavalcanti é CEO e cofundadora da CloQ, uma fintech de impacto social que auxilia brasileiros a construírem um histórico de crédito positivo, seguro e estável por meio do nano-crédito. Formada em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco e Master na Vrije Universiteit Amsterdam, a executiva é youth leader na UN SDSN e fellow do FMI e Cartier Women’s initiative. Em 2018, criou a CloQ com o intuito de auxiliar brasileiros a criarem um histórico de crédito positivo para melhorar a saúde financeira do público que recebe até dois salários mínimos, quase que esquecido pelas financeiras e bancos. A startup desenvolve análise de crédito inclusiva, independente de renda ou do score tradicional, simplifica o acesso para quem mais precisa.

Eu sei o quanto é desafiador romper barreiras e construir algo que realmente faça a diferença. Decidi investir nesse mercado porque acredito que o acesso ao crédito não pode ser um privilégio restrito a alguns, mas sim uma ferramenta de transformação para todos. Para mim, é gratificante saber que estou contribuindo para criar um ambiente mais justo e inclusivo no mercado financeiro”, reforça.

7) Alcione Pereira, CEO e fundadora da Connecting Food

Alcione Pereira é CEO e fundadora da Connecting Food, primeira foodtech brasileira de impacto social especializada em conectar excedentes alimentares, que seriam descartados por empresas, mas ainda bons para consumo, às organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. Com mais de 20 anos dedicados a estudar a alimentação e seus processos de distribuição, a engenheira de alimentos deixou uma carreira sólida no mercado corporativo para transformar o contexto em que vive por meio do empreendedorismo feminino de impacto social.  Para contribuir ainda mais com essa mudança de cenário, a executiva busca articular parcerias em diferentes setores da sociedade. Já palestrou em grandes eventos nacionais e internacionais, como o Aspen Global, ReFED USA e o Festival Social Good Brasil, além dos principais eventos de ESG, como o HSM+e o ESG Innovation Day. Como empreendedora de impacto social, ela compartilha seu conhecimento para promover transformações positivas na sociedade.

A fome e o desperdício de alimentos formam o grande paradoxo alimentar da atualidade. Conseguimos oferecer uma solução eficaz e escalável a grandes empresas do setor alimentício que lidam diariamente com quebras e perdas de alimentos. Em vez de descartarem esses itens, ocasionando um enorme impacto socioambiental negativo, elas passam a fazer parte da solução do problema da insegurança alimentar e das mudanças climáticas, uma vez que o desperdício é uma das maiores fontes de gases de efeito estufa”, ressalta

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Fundadora do Economia SC, 3 vezes TOP 10 Imprensa do Startup Awards e TOP 50 dos + Admirados da Imprensa em Economia, Negócios e Finanças.

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