Por Maurício Luiz, Chief of Operating Office na Nava Technology for Business.
O impacto da inteligência artificial nas operações de TI e nos negócios tem acelerado significativamente a adoção da computação em nuvem, que se torna cada vez mais essencial para impulsionar resultados e otimizar processos. Prova deste movimento é a previsão mais recente da consultoria Gartner, que afirma que, até 2027, 90% das empresas deverão adotar uma abordagem de nuvem híbrida. Apesar da tendência crescente essa transformação traz uma série de desafios para as empresas, especialmente na gestão de custos variáveis associados a esses ambientes.
Considerar uma estratégia madura para a gestão dos dados na hora de adotar a nuvem como ferramenta é fundamental para não lidar com surpresas. Dados ociosos, isto é, aqueles sem utilidade ou obsoletos, podem causar prejuízos significativos e comprometer a segurança do negócio. Esse tipo de informação geralmente não é adequadamente armazenada, o que gera vulnerabilidades. Além disso, contribuem para o aumento dos custos variáveis da nuvem, tornando a solução de Cloud mais cara do que o necessário.
Neste contexto, a criação da disciplina de FinOps surgiu com o objetivo de oferecer uma melhor gestão de recursos em nuvem e evitar desperdícios financeiros. Desde sua implementação, a prática evoluiu significativamente, expandindo-se para integrar outras áreas de TI, como Sustentabilidade, Gestão de Ativos de TI (ITAM), Gestão Financeira de TI (ITFM) e Gestão de Serviços de TI (ITSM). Atualmente, o FinOps foca no valor que a nuvem agrega ao negócio, superando a visão limitada de apenas reduzir custos. Além disso, está impulsionando cada vez mais uma abordagem holística na gestão da tecnologia da informação.
O executivo de FinOps pode contar com ferramentas que ajudam a complementar essa visão holística, de maneira a otimizar os recursos, e automatizar o processo de gestão de infraestrutura desativando servidores e instâncias ociosas, além de melhor a alocação de recursos para garantir o desempenho dos aplicativos. Com as ferramentas adequadas e boas práticas, é possível reduzir custos, melhorar a eficiência e garantir a disponibilidade dos serviços em qualquer ambiente de multicloud e/ou cloud híbrida.
Para a implementação dessa cultura de cautela que o FinOps fomenta, as empresas precisam definir os objetivos a serem alcançados, assegurar que todos compreendam suas responsabilidades em relação aos custos, estabelecer KPIs, atribuir papeis e responsabilidades e capacitar as equipes envolvidas. O uso de ferramentas de FinOps pode ser uma solução eficaz nesse processo. Embora existam ferramentas especializadas para ambientes híbridos e multi-cloud, também é possível obter insights valiosos de otimização de gastos por meio de ferramentas oferecidas pelos próprios provedores de Cloud.
Ao oferecer uma visão end-to-end que engloba desde a infraestrutura de TI até o desenvolvimento de aplicações, com suporte completo e personalizado, a abordagem abrangente de FinOps auxilia as empresas a se posicionarem de forma mais preparada e resiliente para prevenir e enfrentar problemas futuros.
